sábado, 13 de abril de 2013

SILHUETAS DE TI






     A capacidade do meu coração
     De absorver os fatores externos
     De desamor e desilusão, esgotou-se...
     E agora assusta-me esse coração
     Tão frio como o gelo e inalcançável como as estrelas!

     Oh! Deus! Como pude deixar os revezes da vida
     Perturbarem tanto o meu modo de ser?
     Por que abalou-me tanto os malefícios
     Da insensibilidade, corolário da desilusão?

     Seguindo os ditames do meu coração,
     Sou agora indiferente entre o certo e o errado.
     E sigo inflexível entre ágmas dos suspiros tristes, da afasia
     E das venturas passageiras dos risos ensandecidos
     Do fulgor e da alegria.

     No meu céu de brancas nuvens
     Dissiparam-se os sonhos!
     Já não sinto o sol afagar-me, nem vejo a brisa tremer!
     Mesmo assim, como os olhos marejados,
     Uma saudade fina me invade, trazendo silhuetas de ti.



     Autoria:  Antenor Rosalino

     Imagem da Internet



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