A capacidade do meu coração
De absorver os fatores externos
De desamor e desilusão, esgotou-se...
E agora assusta-me esse coração
Tão frio como o gelo e inalcançável como as estrelas!
Oh! Deus! Como pude deixar os revezes da vida
Perturbarem tanto o meu modo de ser?
Por que abalou-me tanto os malefícios
Da insensibilidade, corolário da desilusão?
Seguindo os ditames do meu coração,
Sou agora indiferente entre o certo e o errado.
E sigo inflexível entre ágmas dos suspiros tristes, da afasia
E das venturas passageiras dos risos ensandecidos
Do fulgor e da alegria.
No meu céu de brancas nuvens
Dissiparam-se os sonhos!
Já não sinto o sol afagar-me, nem vejo a brisa tremer!
Mesmo assim, como os olhos marejados,
Uma saudade fina me invade, trazendo silhuetas de ti.
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da Internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário