Onde andas, minha amiga?
Por que, vez por outra, tu ausentas
Sorrateira e repentinamente
Com teu olhar inocente?
Voejas pela amplidão
Entre rútilas estrelas?
Ou caminhas solitária e livre
Em dunas desertas e tristes?
Na tua ausência sentida
Nem mesmo as flores nos cântaros
Desabrocham suas pétalas...
Tudo se faz apenas: cinzentas sombras funestas!
No leito azul que te acolhe,
Dorme o teu sono, amiga!
Aqui fico nesta espera
Onde as lágrimas são bem-vindas!
Um dia, ó doce amiga,
Mergulharei no relicário dos sonhos teus
E a minha inquietação terá fim
Pois os teus sonhos serão meus.
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da Internet
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