Busco preencher meus espaços vazios
Distraindo o tempo com meu silêncio.
E quando me dou conta
Vejo a tristeza estampada em minha
retina.
As palavras não expressam o meu sentir.
Ficam melancólicas, retidas na minha
garganta
Como a desejar trazer
nuanças de mau agouro
Em lacunas de profunda
solidão.
Sinto ventos contrários
devorando sombras.
Tudo emudece. Não há
poesia...
As venturas dos instantes
se ofuscam.
O coração clama pelo
perfume do leito
Nas noites escuras de
páginas tempestuosas
E obscurecem, também, as
arestas da minha alma.
Antenor Rosalino