DIVA DA POESIA
No silêncio
da noite enluarada
A inspiração aflorou-me à
mente
E
minhas mãos clamaram-me para escrever
Debrucei
o meu pensar nostálgico
No
teclado um tanto manuseado
E
com os olhos marejados de saudade
Fantasiei-me
em versos de poeta alado
Com
o coração revestido em pétalas
Distante
da Terra poluída e calcinada
Colho
flores em jardins de encanto
Para
ofertar à diva da poesia exaltada
Relembrando
as emoções vivenciadas
Fulgura
com o mesmo elã pactos sagrados
Em
misteriosa bruma invisível
Fecundando
em pérolas a poesia em lastro
Os
prazeres segredados em diário
São
como estátuas abandonadas ao léu
Mas
não volatizam as letras pensantes
No
sutil enredo da lida encantada
Nessa
noite tudo parece emudecer
Apenas suspiros poéticos dançam
E
galgando os degraus dos sonhos
Os versos se fazem à luz da lua e do neon das ruas
Antenor Rosalino