sábado, 6 de abril de 2013
MÃOS VAZIAS
Olho para minhas mãos...
Vejo que nelas ficaram as linhas de um sonho:
pedaços de castelos que construí
e se tornaram fragmentos tristonhos!
Colhi algumas flores quando havia...
Plantei grãos de sonhos no jardim da infância
que floresceram no campo.
Colhi sonhos a vida inteira.
Hoje tenho as mãos vazias...
O meu ser despido de esperanças,
num êxtase inócuo, ensandecido,
vaga por jardins floridos,
onde há flores em todos os cantos.
Deveria tê-las plantado no meu quintal,
pois, os sonhos, flores frágeis e perecíveis,
não resistiram ao grau das intempéries.
Há flores por todos os cantos...
Eu é que, do meu canto, não as vejo
Pelas vísceras obstruídas
No deflúvio do meu pranto.
Autoria: Antenor Rosalino e Maria Cristina Bonetti
Imagem da Internet
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