O meu pensamento voa
E os vocábulos escorrem
Do meu plácido silêncio
Trazendo versos que acorrem
A
poesia envolvente:
Romantismos que não morrem!
Quando a calma embala a tarde
O aforismo visceral
Latente de encantamentos
Traz o apelo sideral
Para que o doce lirismo
Seja
pra sempre imortal!
Nesta
carência de paz
Em
nossas vidas fechadas
Deixo
no tempo um legado
De
louvações inflamadas
À
poesia mais bela,
Nas
memórias, incrustadas.
Quero
ver, depois de mim,
A
esperança mais polida
Na
paz de uma sinfonia
Fazer
morada atrevida
Despojando
vis angústias
E
hiatos tristes da vida!
Postergar
a poesia
É
ter olhos e não ver.
É
caminhar na existência
Sem
um céu para se crer
Buscando
prazeres vãos,
Sem,
de fato, nada ter.
Os
meus olhos lacrimejam
Quando
me ponho a pensar
Num
tempo futuro e cálido
Onde
possam se ostentar
As
almas vivificantes
Renascidas
para amar.
Autoria: Antenor Rosalino
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