Os dias correm silentes...
Tão breves são as horas!
O meu coração dolente,
Já não pulsa como outrora.
O meu livro sublimado,
Num horizonte de sonhos,
Hoje é pranto derramado
No final triste de um conto.
Tenho os olhos razos d’água
E a alma enternecida
Quando relembro as crisálidas
Da aurora da minha vida.
Essa lágrima caída
Do meu olhar que entorpeceu:
Não é de dor, é nostalgia,
De um sonhar que pereceu.
Antenor
Rosalino