A manhã
descortina-se com alegre frescor
emoldurando as
paisagens.
As últimas
estrelas matutinas,
vagarosas e
calmas,
perdem o seu
mágico cintilar,
dando lugar ao
sol nascente
- com suas
lanças multicores -,
aspergindo um
lânguido enternecer.
As horas
transcorrem-se com brevidade,
e logo vem o
encantamento crepuscular
no suave
entardecer!
Os passarinhos
acrobáticos
esvoaçam-se em
bandos
na imensidão da
calmaria celestial,
buscando os
frouxéis de ninhos,
num adeus silencioso
e terno
ao breve dia
que se esvai.
O anoitecer
enuncia-se!... A lua virá;
será outra luz
magna a brilhar
- envolta de estrelas rutilantes -,
formatando no
infinito
o manto azul do
luar
Antenor Rosalino