sábado, 16 de novembro de 2024

DOIDIVANA


No seu mundo diversivo

De prazeres sensuais,

As paixões são sempre ardentes

Em quiméricos madrigais.

 

As volúpias de carícias,

Em toques extasiantes,

Culminam a sobejante entrega

No seus dias sempre iguais.

 

As entregas amantíssimas

E os beijos mais calorosos

Despojam os preconceitos

No ápice do ardor maior.

 

Nos seus dias de crisálida,

Fantasias e ilusões,

O seu mundo se resume

À meia luz do divã.

 

O futuro já não importa,

Os amantes multiplicam-se.

A entorpecida boemia

Dita as regras do amanhã.

 

Amores? São passageiros

E breves são seus momentos.

Na passarela afrodisíaca,

Não desfilam sentimentos

 

Um dia, a pobre donzela

Dá sinais de decadência:

As rugas mais ostensivas

Afastam os amores calientes.

 

Nada plantou pra colher...

A beleza desvaneceu-se!

E por fim  as lágrimas sentidas

Caem soltas no tapiz.

 

                    Antenor Rosalino

 

domingo, 3 de novembro de 2024

CORAL MADRIGAL PARALELLUS

Acróstico ao

CORAL  MADRIGAL  PARALELLUS

de   Araçatuba

          

             

              Cânticos de vozes uníssonas que elevam as almas

               Onde as tristezas não podem tocá-las.

               Ressoam no ambiente de enlevo enternecedor:

               Alegrias, sabendas, nuances multicores...

               Leda magia dos cantos de amores.

 

               Momentos felizes suas canções retratam.

               A platéia se agita entusiasticamente:

               Delira, alardeia frenéticos aplausos...

               Remete às lembranças de dourados sonhos,

               Insuflando nos ares o aroma das flores.

               Ganha a cidade nessa hora feliz:

               As cores sublimes do altar do arco-íris.

               Lira suave na noite de luz!

 

              Paira no ar os acordes melódicos,

              Acompanhando as vozes sedutoras e belas.

              Régia harmonia na sincronia perfeita,

              Aventando ternura na plateia que enleia.

              Lampejos divinos ostenta a regente

              E em suas áureas mãos eleva-se a ágape.

              Louváveis vocais trazem o estro de rouxinóis libertos.

              Logo, porém, as cortinas se fecham.

              Uníssonas vozes aos poucos se calam.

              Silencia a plateia...,  a magia se esvai.

 

                                             Antenor Rosalino