sexta-feira, 19 de abril de 2013

A VOLTA

  


                     
 



Deixei no passado distante,
Entre o viver e o sonhar,
Nos mimos equidistantes:
As cantigas de ninar!

Caminhei sem laços de afagos,
Buscando outro céu encontrar,
E viver sem elos de amparos...
Sem ter horas pra voltar.

Seguindo a estrada aberta,
Visionando miragens belas,
Vi o mar agigantar-se
Com o furor das procelas!

Percorrendo incontinente,
Esse caminho banal,
Meu coração foi sentindo
Nostalgia sem igual!

Como pude crer na vida
Longe das vinhas que a animam,
Se as aventuras são prismas
De inverdades daninhas?

Hoje volto ao meu passado...
À minha sonhada paz:
Onde estão os santuários
De batéis a navegar!

Onde vejo as castanitas
Nas areias cintilarem
No plenilúnio que abriga
Olhares a vicejarem!

Sinto na alma a divícia
Dos afetos do meu lar,
Onde flui a doce vida
E o amor é singular!



Autoria:  Antenor Rosalino

Imgem da Internet



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