quinta-feira, 28 de julho de 2016

Em busca da lira



                             

As castanitas cintilantes
Nas dunas desertas e tristes
São taças de sol poente
Evocando meu versejar
Perdido em sonhos e elipses!

Antes de a noite chegar
Os meus olhos lacrimejam
Na busca da lira que alucina
E que antes em tudo se fazia
E hoje nada mais fascina.

Voejando em meus pensares
Abro rotas em veredas de euforia
Mas sempre volto tristonho
Despojado de alegrias
Ao meu jardim de abandono.

Assim como o sol resplandece
No alvor de um novo dia
Baila em meus olhos a espera
De sorver-me em sintonia
Com a luz mais bela do dia.



Autoria: Antenor Rosalino

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sexta-feira, 22 de julho de 2016

EXPERIÊNCIAS HUMANAS


                                                           
                                     


 Fazendo algumas reflexões sobre as experiências humanas ao longo da história, veio-me à mente a seguinte indagação: seremos nós, humanos, um pouco insanos? Talvez sim, talvez não.
  Faço tais ponderações pelo fato de termos tantos problemas a resolver e, no entanto, a cada dia criamos sempre mais problemas nesta nossa terra de tantas ambições e disputas entre nós mesmos.
  Por certo, quando Galileu Galilei deu notícia de que a Terra era redonda, causou admirável espanto, mas, a partir daí, abriu caminho dos mares que Cristóvão Colombo singraria. E ao descobrir a América, Colombo abria uma nova era.
  Muita coisa aconteceu desde então. Houveram guerras e invenções como a revolução da Independência dos Estados Unidos da América, que viria a se tornar a potência mundial de nossos dias atuais.
  O homem, buscando conquistar o espaço sideral, pisou, finalmente, o solo lunar. Seresteiros, poetas e os amantes passaram a exteriorizar seus sentimentos de forma bem mais abrangente e com novos olhares para o universo decantado.
  Hoje, mesmo em meio a dificuldades, os países desenvolvidos, destacadamente a América do Norte, avançam, significamente, nas áreas científicas, literárias e tecnológicas.
  No Brasil vivemos a era da informática, graças aos nossos irmãos do norte. Na internet temos o Facebook, o Googole, temos possibilidades de contatar familiares e amigos através de e-mails e tantas coisas mais... Entretanto, as pesquisas e missões espaciais continuam.
  Já é possível imaginarmos nossa vida numa era interestelar. Mas, como teríamos que nos adaptar ao espaço sideral, intriga saber como se daria essa adaptação.
  É evidente que essa resposta só poderia ser dada com exatidão por cientistas, mas, como um escribazinha posso, pelo menos, imaginar como exemplo que, quando foi inventado o avião aconteceram muitas coisas boas e ruins. Houve paz e guerra. O avião criado unicamente para funções sociais acabou se tornando também poderosíssima arma de combate, mas hoje a sua utilidade é inquestionável, e podemos viajar a qualquer país com incrível rapidez e conforto.
  Da mesma forma, é possível que um dia façamos nossa viagem espacial, e pego-me pensando em quanto ainda desconhecemos deste universo infindável, que chega até a mudar mentalidades e conceitos já formados.
  Os astros brilham! Para mim, há mistérios insondáveis sobre eles... Vez por outra ouvimos notícia sobre a descoberta de mais um planeta até então desconhecido.
  Observemos que os astros nos inspiram e foi observando os astros que Tales de Mileto enunciou estudos universais pré-socráticos que o imortalizou.


Autoria: Antenor Rosalino

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sábado, 9 de julho de 2016

DESPEDIDA



     Não houveram lágrimas
     Nem soluços súplices
     Sufocando nossas ágmas

     Foram momentos findos
     Sob estrelas tristes
     Pairando olhares lindos!

     Permeando olores carmim,
     Pranto, tu descoloristes
     Nosso arrebol carmesim.



Autoria: Antenor Rosalino

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sexta-feira, 1 de julho de 2016

PONTOS DE CULTURA


                               

 Não se pode negar que um dos projetos mais elogiáveis implantados e fomentados pelo Ministério da Cultura foram os Pontos de Cultura. Esses projetos implementados por entidades governamentais e até mesmo sem vínculos com o governo, têm como objetivos possibilitar ações culturais nas diversas comunidades que, em sua maioria, não dispõe de recursos próprios para a viabilização de iniciativas que visam incentivar e preservar os diversos segmentos que dizem respeito à cultura em geral.   Muitos são os valores artísticos que se perdem pelo tempo, pelo fato de não contarem com o apoio que deveriam ter para alavancar suas capacidades. E esses projetos, portanto, vêm suprir essa aflitiva necessidade.
 Muitas entidades que se tornaram Pontos de Cultura foram beneficiadas com verbas satisfatórias para a concretização de seus projetos, mas a contrapartida exige o cumprimento de muitas regras e regulamentos, por vezes, difíceis de serem cumpridas. Por essa razão, ou seja, para que a prestação de contas possa ser feita com o maior zelo possível dentro dos ditames exigidos, também para suprir a demanda dos integrantes e, principalmente, para que os gestores de projetos culturais possam ampliar seus conhecimentos sobre convênios com o poder público, especialmente no que se refere à gestão de recursos e prestação de contas, foram criadas, recentemente, as Oficinas de Gestão para Pontos de Cultura.
  As entidades vinculadas ao sistema tiveram de enviar seus representantes para a freqüência do curso que teve seu início no mês de maio último, na Escola de Artes da acolhedora cidade de Jaboticabal, de ruas ladeadas por belos prédios coloniais  edificações históricas. O término do curso está previsto para o mês de novembro próximo, e as aulas ocorrem sempre às sextas-feiras, em tempo integral, uma ou duas vezes por mês.
  O curso é ministrado por professores doutores da Universidade de São Paulo (USP) que instruem não só sobre os projetos de cultura no cenário atual de gestão pública, mas também sobre os detalhes no que tange à prestação de contas, que são fundamentais para a garantia da aplicação eficaz dos recursos a ser repassados.
  Dessa forma, esse curso, gerido pelo Gpublic (Centro de Estudos em Gestão e Políticas Públicas Contemporâneas) de Ribeirão Preto, irá capacitar o aluno a entender plenamente as formas de financiamento de projetos na área cultural e, como é notório, trata-se de uma iniciativa das mais elogiáveis, dinâmicas e fundamentais para o maior desenvolvimento das artes que é uma necessidade, e devemos olhar o lazer e a cultura, inclusive, como entretenimento dos mais benéficos.
  É de se esperar que as mudanças políticas no Governo Federal não venham impedir os trabalhos conveniados já em andamento, no afã de vivermos numa sociedade que promove cultura fazendo arte ao mesmo tempo.



Autoria; Antenor Rosalino

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