Hoje venho pedir perdão à vida.
Um perdão que encerra o meu olhar controverso
às coisas que não posso mudar
e que até aqui, os meus olhos em trevas
insistiam em ignorar.
Tão desprezível foi o meu pensar...
Como pude deixar de ouvir a voz
do meu coração tão sôfrego,
buscando-me sem cessar, em esperança de transmudar
os recônditos do meu jeito às vezes rude de ser.
Só agora, depois de tantos martírios à alma,
De tanto desperdício à preciosidade do tempo,
Tantos martírios e tantos santos,
Tantas glórias e tantas vitórias,
Vislumbro na simplicidade, o amor florescer em cada olhar.
Que o meu ser depurado em doces preces,
Não mais divague à deriva
No mar desumano da intolerância e da incompreensão,
E louvando à vida em seu apogeu maior
Possa fazer de mim, um filho querido de Deus.
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da Internet
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