Pensando
em ti enterneço-me,
E
as minhas células líricas
Feitas de amor e poesia,
Imergem-se nas ondas vívidas
Do mar das saudades minhas!
Vislumbro momentos felizes
De um horizonte longínquo...
Enquanto o vento permeia
Na imensidão dos meus sonhos,
Trazendo miragens suas!
As estrelas rutilantes
Em madrugadas tão frias,
Deixam minha alma saudosa:
Despedaçada, tal como as pétalas
No manto das ventanias!
Porém, quando dançam as ramagens
Sob os uivos mansos da brisa:
Sinto no ar seu perfume
-
como uma bruma invisível -,
Na orla distante de um cais!
E
no alvor do amanhecer risonho,
Os meus olhos sempre em trevas,
De repente..., vêem luz!
São seus olhos colorindo
A
fonte oculta do amor!
Antenor Rosalino