terça-feira, 30 de abril de 2013
O JARDIM DA ALVORADA
Quando falas de amor
Sinto a Rosa adormecer em teu olhar!
Esmaece a minha alma em sonhos
Na ternura dos beijos matinais!
As palavras soam docemente,
Como o eflúvio do poetizar das cascatas
E das cachoeiras em escarcéus
Magnetizando o mundo em tirolesas ao léu!
Os afagos da brisa fazem-me dormir
Nos braços da borboleta sorridente
Que chega leve no aquarelar
Pincelando o jardim do meu olhar!
Sussurra a lagarta quase moça
Os besouros da alma despertam!
Bendita manhã do agora
Gotejar do orvalho na aurora...
O fascínio do céu em esplendor
Faísca maravilhas num carrossel de passarinhos
Que felizes na alegria multicor,
Principiam garbosos, acrobáticas magias.
As gotículas remanescentes do alvor que se vai
Escoando as lavas desse amor sublimar,
São lágrimas esmaecidas dos meus olhos em sonhos,
Brincando com a luz do seu olhar.
Nada me fascina mais do que a retina
Que guarda a imagem da poesia
Luar vicejante, estado de torpor
Inaugura o amor que me inebria.
Das suas células líricas
Emerge incandescente olor de carmim
No jardim encantado da aurora
Que é nossa história dentro de mim.
Autoria: Antenor Rosalino e Julia Rocha
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O AMOR NO SOCIAL
Contemplando por um momento o trânsito dos veículos e os apressados passos das pessoas em seu cotidiano, tornaram-se evidente para mim, os mistérios que os envolvem.
Os transeuntes se diversificam profundamente em suas peculiaridades e isso notadamente é refletido em seus semblantes.
Alguns trazem perfis de alegria apesar das atribulações de praxe; outros, uma sombra de tristeza no olhar, representando vivências de soturnas realidades.
Muitas são as aparências que podem, por exemplo, refletir ainda, preocupações, ternura ou ódio. De um modo geral, todos nós nos sentimos sintonizados com o mundo da fraternidade e da paz, porém, em contrapartida, a discórdia sempre permea a sociedade, maculando ideais elevados e promovendo até mesmo guerras entre nações.
Toda sorte de infortúnios como a fome, a corrupção, a miséria e a violência em todos os sentidos faz parte do social e contrasta com os objetivos altruísticos e sublimes daqueles que lutam para integrar na sociedade os desprotegidos pela sorte, os desamparados, nos meios dos quais, muitos são os desnutridos e injustiçados.
Profundos sentimentos universais retratam conflitos vivenciados por todas as classes sociais, sob diversos aspectos, porém, mesmo em face a desatinos e relacionamentos conflitantes, a esperança não fenece, pois o amor sempre fulgura esculpido e decantado, como o tema social mais polido e desejado e desponta nas mais diversas circunstâncias com seu lastro infalível, sobrepondo-se, cedo ou tarde, sobre os artifícios do mal, deixando marcas como rastilhos de belas flores, cujos laivos inesquecíveis traz a certeza inquestionável e absoluta de que somente a essência desse amor ansiosamente esperado e cantado em prosa e verso é capaz de fazer com que renasça das situações mais adversas, injustas e contraditórias, as soluções precisas e fraternas para a continuidade do rito harmonioso da vida e de felicidades perdidas.
Os desequilíbrios que trazem diferenças abismais entre as classes sociais são como um tempo infinito, um período de tempo esquecido num continente perdido, destruído principalmente pela fúria incontida do egoísmo e da ganância desenfreada por poderes que levam, sobretudo, a atos extremamente condenáveis e pecaminosos, os quais degradam a convivência solidária dos parâmetros normais de sociabilidade.
Oxalá, com atitudes acertadas, corretas e com humildade de sentimentos, o amor possa insurgir flamejante e definitivo como um milagre de Deus e concretizar as perspectivas igualitárias no bojo não mais sofrido do proletariado, numa sociedade constituída de valores morais, ética e sonhos iguais.
Autoria: Antenor Rosalino
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NOSTÁLGICO ENTARDECER
Na amplidão do nostálgico horizonte,
Olhares apolíneos voltam-se para os céus
Num arrebol de matizes em tons dolentes!
Na solidão das horas de vigília,
Silenciosas lágrimas de ternura
Confundem-se com os pássaros
Que ruflam suas asas
Em cândido aspergir reluzente!
Num derradeiro aceno ao
Crepúsculo vespertino,
A noite abraça a Terra,
E postergadas lágrimas caídas
Dão lugar a sorrisos inocentes
E olhares de esperança
Que se perdem pela noite
Para encontrar no amanhã
Doces sonhos redivivos!
Autoria: Antenor Rosalino
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LIVRE
Livre afinal das algemas
E azorragues cruciais,
Depus dos ímpios suplícios das gólgotas
E me fiz redivivo, Em orações nos luares!
Com a mente liberta
Em pensamentos soltos,
Sonho os meus sonhos de luz:
Inocentes, estelares...
Distante dos grilhões e das sandices,
Deixo as asas da imaginação
Guiarem-me por caminhos floridos,
Sentindo a paz invadir-me
Entre pétalas de amor
E arrulhar de passarinhos!
Autoria: Antenor Rosalino
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segunda-feira, 29 de abril de 2013
AMO VOCÊ
Uma estranha felicidade domina
O mais profundo do meu âmago,
Quando eu digo em silêncio,
- mesmo distante -,
Em lacunas de hiatos tristes,
As palavras mais sublimes
Que eu digo por dizer,
Com um quê de saudosismo:
Meu amor, amo você!
Fonte eterna de acalanto
Que tenho o prazer de dizer
Em voz alta ou em sussurros,
No alvor e nos crepúsculos,
Nas noites em que meus olhos
Avivam-se como caxinguelê.
As palavras soam livres
Quando eu digo por dizer
E direi milhões de vezes
Na paz deste bem querer:
Simplesmente, amo você!
Autoria: Antenor Rosalino
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sábado, 27 de abril de 2013
INQUIETAÇÃO DE UM AMIGO
Onde andas, minha amiga?
Por que, vez por outra, tu ausentas
Sorrateira e repentinamente
Com teu olhar inocente?
Voejas pela amplidão
Entre rútilas estrelas?
Ou caminhas solitária e livre
Em dunas desertas e tristes?
Na tua ausência sentida
Nem mesmo as flores nos cântaros
Desabrocham suas pétalas...
Tudo se faz apenas: cinzentas sombras funestas!
No leito azul que te acolhe,
Dorme o teu sono, amiga!
Aqui fico nesta espera
Onde as lágrimas são bem-vindas!
Um dia, ó doce amiga,
Mergulharei no relicário dos sonhos teus
E a minha inquietação terá fim
Pois os teus sonhos serão meus.
Autoria: Antenor Rosalino
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sexta-feira, 26 de abril de 2013
O Horizonte
Procurava o horizonte,
A cada passo eu ficava
Mais distante do meu sonho!
Denotava simplesmente
Ser vã a minha jornada
E, assim, fui ficando triste,
De tão triste caminhada!
Eis, porém, que de repente...
Ouço passos permear-me
E doce voz asseverar:
“Meu filho, o belo horizonte
Existe também na vida
Para ensiná-lo a andar!”
Autoria: Antenor Rosalino
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SÚPLICE
Plácida luz mora em teu ser de rara beleza!
E sua alma traduz sonhos alvissareiros
Que aquece o meu ser súplice que te chama
Em exaltada ternura de alvores e segredos!
A vestimenta de sua grandeza poética e pura,
É arauto de amor e de alegria imaculada!
Lânguida flor rútila e púrpura
Como translúcidas estrelas no céu da madrugada!
Perplexo no encantamento da sua luminescência,
Os meus herméticos segredos se ocultam
Entre pedras e estátuas de indefinições na minha mente.
Nos meus sonhos sôfregos eu te encontro,
Entre raios fulgurantes de esplendores e encantos:
Esfera onde reside o nosso eterno desencontro.
Autoria: Antenor Rosalino
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CONSTRUTOS ETERNOS
No silêncio dos meus dias iguais,
O tempo veloz, sorrateiro,
Consome em breve insuflar
Os meus construtos mortais!
Nas lições – didática da vida -,
Inspiro a brisa e me enlevo
Para construir em outro prisma,
Castelos de sonhos eternos!
Suspiro entre folhas e pétalas
Em abandono caídas,
Buscando horizontes fecundos
De amores redivivos.
A paz transcende e floresce
Na minha alma súplice, em prece
Enquanto soam trombetas
Dos anjos num céu de festa!
Ah! Quem me dera a divícia
De perpetuar as quimeras
E ausentar deste mundo,
Perfídias que as dores vicejam.
Autoria: Antenor Rosalino
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O CREPÚSCULO
Na primavera festiva,
Os meus pensamentos elevam-se
Num lânguido enternecer!
O sol poente curva-se no horizonte longínquo.
O céu desenha fulgores de encantamento!
Os passarinhos agitam-se em acrobacias
Elevando os seus cânticos ao firmamento!
Os reflexos luminosos
Aspergindo lanças coloridas
Nas encostas e colinas,
É glamour de poesia!
Com os olhos rasos d água
No esplendor da amplidão,
Meus lábios não soam sílabas...
E a mudez se faz canção!
Autoria: Antenor Rosalino
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terça-feira, 23 de abril de 2013
MEU ANIVERSÁRIO
Neste dia outonal, em que um sol reluzente banha a Terra de ternura, comemoro a alegria de completar mais um ano de vida.
Vivencio com o coração transbordante de gratidão pelas dádivas recebidas, o transcorrer desse momento, no qual posso dizer, com o olhar marejado de emoção que, reconheço não ter aproveitado todas as oportunidades alvissareiras vislumbradas em minha vida, mas, as sementes que plantei no fértil solo da existência, foram suficientes para fazer do crepúsculo dos meus dias, um ato de regozijo e amor perfeito à família que constituí, ao trabalho com honestidade, às amizades que angariei e ao meu senso de solidariedade humana. E vejo ainda, a poesia emanar-se do meu ser – sempre e mais -, como um milagre de Deus!
Brindo à vida e às pessoas que, de alguma forma, deixam ou deixaram em mim, ensinamentos, exemplos e advertências para o meu engrandecimento físico e espiritual.
Tenho enfim, a consciência plena do pouco que tenho a dar e do muito que tenho a agradecer.
Muito obrigado, meus queridos e minhas queridas. Apertados abraços!
23/04/2013
23/04/2013
Antenor Rosalino
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sábado, 20 de abril de 2013
ESPERANÇA
No âmago sereno de cada vivente
Aninha-se o ardor benfazejo da esperança.
É flor que renasce na mente pensante
A cada ideal de amor e bonança!
É a força motora dos feitos gigantes
De inventos fantásticos e régias missões.
É virtude inconteste dos pioneiros vagantes
É ato regente de idealizações!
Quando a noite da alma perde o luar,
Fechando suas pálpebras
Em taciturno insuflar:
Buscai guarida em seu íntimo de paz,
Ultrapassando gólgotas crepitares,
Para trazer a cada mágoa: uma nova fé!
Autoria: Antenor Rosalino
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ÂNGELUS
Reflexos indizíveis de luz
Afloram-se multicores,
No manto que cobre a Terra
Na hora em que a natureza
Presencia a multidão
Pouco a pouco ajoelhar-se
Em reverência incontida
Pelas bênçãos recebidas!
Hora divina, serena...
Sinos que tangem altaneiros!
Sopro de vida que encerra
A humanidade seguindo
De mãos dadas no eflúvio
Dos cânticos em sons uníssonos
Exaltando doces preces!
Nos céus soam trombetas...
As montanhas silenciosas
Ecoam os cultos e cânticos
Dos estros em tons poéticos!
E tudo chega ao pináculo
Quando Deus abre os seus braços
E abençoa toda a Terra.
Autoria: Antenor Rosalino
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A VOZ DO CORAÇÃO
Nos momentos aflitivos,
quando a alma sôfrega aventa
no labirinto dos pensamentos
as lágrimas de dor,
uma voz se faz ouvir:
é a voz do coração
- refrigério súplice das
profundezas do nosso âmago -,
que ecoa em transcendente bênção divina,
insurgindo corolários de um destino
que induz ao enternecimento vívido
da ternura de um frouxel de ninho.
Essa voz, quando ouvida,
transmuda as chagas em cicatrizes
e o exaspero do pranto e da saudade
em lágrimas vindouras de esperança,
na inovação da felicidade
esquecida e postergada!
Autoria: Antenor Rosalino
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ESTRO POÉTICO
Não sou possuidor
Da laudável inspiração
De um poeta maior,
O qual vive a plenitude
De outro mundo,
Onde os sonhos transcorrem
O tempo todo,
À luz do seu infindável dédalo
De ricas fantasias
Do seu engenho poético!
Sou um poeta menor,
E a gratidão domina o meu ser,
Pois quando deixo
As palavras abstratas
Que enfeitam a vida,
E o labirinto dos meus pensamentos
Devolvem-me a realidade esquecida,
Desfruto os momentos diversivos.
Investigo as emoções
E entrego-me à dádiva
Do plácido viver no plano terreno,
Onde tão pouco tenho a dar
E tanto tenho a agradecer.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Sob o silêncio estelar
No silêncio dos céus,
Ainda há o brilho das estrelas
Carregando mensagens...
Um carrossel multicor enfeita
Um céu de esplendor
Em todas as direções.
No silêncio das árvores,
Ainda há o agitar dos ramos
Movidos pelo vento...
A aragem tocando as folhas das árvores
É como um hino sublime
De louvor à natureza.
No silêncio daquela alma,
Ainda há o palpitar de um coração
Querendo despertar...
É como o nascer de um poema
Latejando no mais íntimo do ser,
Esperando o momento de imortalizar-se.
No silêncio, somente neste silêncio,
Fito a amplidão dos céus
E compreendo o firmamento...
Na calmaria do arrebol carmesim,
Dorme sereno entre os cântaros,
O meu pé de alecrim.
Autoria: Antenor Rosalino e Maria Cristina Bonetti
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PIERRÔ
A cidade engalanada veste-se de alegria.
O negro asfalto debruçado nas avenidas
Traz em seu bojo, confetes e serpentinas
Derramadas em gradual mudança de cores!
Os folguedos carnavalescos
Abrasam as almas dos foliões,
Conduzindo-os sem modorra
À embriagadora emoção!
Em meio a palhaços e doidivanas
Segrego suspiros de solidão
Disfarçados na multidão!
Sou pierrô sem colombina a vagar...
Desfilando a minha dor
Com sorriso no olhar!
Autoria: Antenor Rosalino
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A VOLTA
Deixei no passado distante,
Entre o viver e o sonhar,
Nos mimos equidistantes:
As cantigas de ninar!
Caminhei sem laços de afagos,
Buscando outro céu encontrar,
E viver sem elos de amparos...
Sem ter horas pra voltar.
Seguindo a estrada aberta,
Visionando miragens belas,
Vi o mar agigantar-se
Com o furor das procelas!
Percorrendo incontinente,
Esse caminho banal,
Meu coração foi sentindo
Nostalgia sem igual!
Como pude crer na vida
Longe das vinhas que a animam,
Se as aventuras são prismas
De inverdades daninhas?
Hoje volto ao meu passado...
À minha sonhada paz:
Onde estão os santuários
De batéis a navegar!
Onde vejo as castanitas
Nas areias cintilarem
No plenilúnio que abriga
Olhares a vicejarem!
Sinto na alma a divícia
Dos afetos do meu lar,
Onde flui a doce vida
E o amor é singular!
Autoria: Antenor Rosalino
Imgem da Internet
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