Sob a
imensidão do plácido azul celestial,
os
dourados raios de sol aquecem
- com fulgurante esplendor -,
a
cidade engalanada
na
primícia do encantamento
de mais
um dia de futebol.
Entre
faixas e adornos coloridos,
reluzem
os olhares vívidos dos torcedores:
alviverdes,
alvinegros, tricolores...
Ostentando
cada qual, o sagrado símbolo
do
clube do seu coração.
O
gigantesco estádio acolhe
a
explosão inevitável da multidão
circundante
do verde e demarcado gramado
que
reluz!
Desfraldam-se
as bandeiras!
É
chegada a hora do pontapé inicial
do
promissor e grande clássico.
Os
“artistas da bola” encantam a platéia
com
dribles desconcertantes; passes rápidos
- como o lançar de uma flecha indígena -,
cabeceios
gigantescos no ar
e
jogadas monumentais!
A
apoteose chega ao ápice no momento do gol:
é indizível a vibração do time
que sai
à frente, no marcador,
enquanto
a torcida contrária
reascende
a chama das vaias
- até
mesmo contra a arbitragem incólume -,
em
esperança da sonhada
reversão
do placar quando mostra,
com
ostensiva luminosidade e precisão,
o
resultado parcial.
Ao
final da jornada, é notório o contraste
das
emoções entre uma e outra torcida.
Fica
porém, para todos, a alegria de
vivenciarem
o inefável encantamento
da mágica
arte do eterno futebol.
Antenor Rosalino