Abraço a minha solidão,
Olhando o mundo
Com olhos sem órbita,
Prisioneiro das algemas
De virtudes esquecidas
E vago insano,
Na penumbra silenciosa e triste
Da saudade que ficou!
Afago os meus nostálgicos suspiros
Nas minhas lágrimas caídas!
Sou como escultura ao léu
De um jardim já esquecido
Num continente perdido.
Já não sei se vivo em mim
Ou se sou laivos, somente,
Descartado da fantasia
Dos sonhos que sonhei um dia
- entre flamejantes lírios -,
De fazer-te em doces mimos,
A imperatriz do meu idílio.
Autoria: Antenor Rosalino
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