domingo, 3 de março de 2013

SELVAS DE GRANITO

                                       
                                         

                             Um áureo sol esplandece
Nas selvas de granito.
Abraça os corpos transeuntes,
Apressados, em busca do nada!

Cada qual com seus motivos,
Segue na angustura a jornada
                    Cercados por tanta gente
De solidão represada!

Os magistrais edifícios
E edificações colossais,
Permeam as frias calçadas,
Por pisares, desgastadas...

Ao final do entardecer,
Já mais brandos os agitos,
Um sol diáfano flutua
Como uma brisa suave
Num lago níveo, sereno...

E os calçadões coloridos
Ostentando um cálido enternecer,
Despedem-se dos alaridos
Sob o véu que cobre a Terra
Na prece do anoitecer!


Autoria:  Antenor Rosalino


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