Não revelo apenas o belo que impressiona.
Falo também do triste, das amarguras...
Exponho meus sentimentos sem pudor,
Derramando versos verdadeiros,
Expurgando os sofismas,
Mas contrapondo-me ao ardor.
Não sigo veredas de ditas certezas.
O mundo ostenta na fuga dos instantes,
Que a certeza é a véspera
Da mais certa incerteza!
Não falo de amores com grandiloqüência.
Nem de holocaustos apaixonantes...
Meu coração às vezes níveo e triste,
Supera amarguras postergando sentimentos.
Exalto o trabalho, mas sou comedido.
Não fazendo nada, meu ser se eleva
E nas alturas eu encontro
A paz que espero!
Exalto o perfume das rosas mais belas,
Mas contemplo também
- com olhar controverso -,
Os espinhos que medram
E vivem com elas.
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da Internet
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