No lânguido e suave silêncio
Dos pensamentos meus,
Pratico a arte de esquecer.
Abandono-me ao arrepio do vento
E deixo os revezes da vida
Serem varridos para a não existência.
Nas mais profundas fontes da memória
Mantenho a receptividade de espírito
Tanto na acalentura do sol,
Como no melancólico nublado das nuvens,
Em que uma tristeza fina
Toca o meu coração
Além do alcance da alma!
O bálsamo das flores
Que não me impressionavam mais,
Volta-se para mim agora,
Como verdadeira essência da vida!
Imaginando cintilantes reflexos do sol
Nas águas de um lago azul,
A poesia inunda o meu ser e sonho,
Arrastado no espaço-tempo,
O sono interminável dos que vivem
O altruísmo na alegria e na dor,
Vivendo só por amor!
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da Internet
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