segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O pêndulo das horas


                                                       
   
                                   No tic-tac do pêndulo
Do relógio que não para,
Meu aflito coração segreda
Pensares que se afloram.

Os pensamentos fluem
Entre buscas e dores,
Na incógnita do meu mundo
Feito de espinhos e flores!

Ah! Relógio que não pára:
Aflora mágoas em meu peito
Ou trás angústias suspensas
                                   Ao meu coração que chora!

Os ponteiros frios e ágeis,
Indiferentes ao meu pranto,
Seguem altivos sem acenos
Ao langor do meu lamento!

Nesse tempo ininterrupto
Que me leva ao além:
Nascem flores de angústias
No tic-tac que vem...


Autoria:  Antenor Rosalino

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