A chuva cai mansamente em camarinhas
como gotas de cristal; descendo ladeiras,
ultrapassa falésias e vai..., discorrendo
paciente seu encanto e seu frescor!
Mesmo fraca e vagamente, cumpre sua jornada
em silêncio, postergando as amarguras...,
o nefasto amargor de tão vastas angusturas.
Alegrando a solidão, seu labor contagiante
enternece corações, deixando saudosos aspectos
nas multidões divagantes!
Consumado o seu percurso de aquiescentes espectros,
espraia suas vertentes em suspiros de plangor
e no fundo da terra se esvai, para renascer em
plenitude insurgindo seu condão, revestida de vapor
a formar no céu azul, lindas nuvens de algodão!
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da Internet
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