Tenho Cristo como meu escudo.
Não questiono a sublimidade
de sua existência exemplar,
galgada na compreensão e, sobretudo,
no perdão aos deslizes, perfídias
e ingratidão humana.
Sou reticente e questiono, entretanto,
as maquiações inseridas pelos seguidores
do Nazareno em épocas remotas, os quais,
desprovidos de sapiência e no afã de conquistar
sempre mais “ovelhas” para o seu rebanho,
incrementaram nas mentes pueris,
a idéia de contínuo sofrimento
para a remissão dos pecados do mundo!
A verdadeira religiosidade
não deveria suprimir a liberdade dos fiéis,
mas sim, fazê-los entender
que a vida é para ser vivida,
desfrutada em sua plenitude,
isenta da idéia sombria do castigo inócuo,
da dor e do desespero inútil.
Na liberdade do horizonte,
vislumbro o dia em que o cristianismo,
desprovido da culpabilidade incrustada
em sua mente pelos séculos dos séculos,
possa apenas seguir as lições de Cristo
e não a imposição de fanáticos religiosos.
Que todos cumpram suas tarefas no bem,
e, na alegria do dever cumprido,
cada qual deposite o futuro
às mãos do seu Deus, assim como
o próprio Cristo em seu último ato,
em que, volvendo os olhos inermes para o céu
profetizou: “Tudo consumado. Em tuas mãos,
oh Pai, entrego o meu destino.”
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da Internet
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