O negro asfalto
crepita
Sob os passos angustiantes
Da plebe que se aglutina e,
Destemida, solta as voz cansada
De ostensivo descontentamento,
Num apelo de dor à justiça!
Contrapondo-se aos alaridos,
Os detentores do poder, calmamente,
Desfilam sua prepotência
Pelos tapetes palaciais,
Fingindo nada presenciarem.
Uma pergunta não cala:
Serão os oprimidos ouvidos algum dia?
Ou serão reprimidos, perseguidos
E mesmo mortos sem digladiarem?
Com os olhos rasos d água
E as mãos unidas, em prece,
O proletariado espera
O alvor de nova aurora!
Que o voto
consciente em massa
Do raiar de nova era,
Afugente as bridas que enlaçam,
Assombram e entorpecem!
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da internet
Lindo trabalho, contemporâneo e muito bem elaborado. Bom dia, Antenor.
ResponderExcluirBom dia, Ana! É sempre uma alegria receber os seus comentários. Obrigado uma vez mais. Um terno abraço.
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