sábado, 28 de janeiro de 2023

NOSTALGIA


Os dias correm silentes...

Tão breves são as horas!

O meu coração dolente,

Já não pulsa como outrora.

 

O meu livro sublimado,

Num horizonte de sonhos,

Hoje é pranto derramado

No final triste de um conto.

 

Tenho os olhos razos d’água

E a alma enternecida

Quando relembro as crisálidas

Da aurora da minha vida.

 

Essa lágrima caída

Do meu olhar que entorpeceu:

Não é de dor, é nostalgia,

De um sonhar que pereceu.

 

          Antenor Rosalino

     

2 comentários:

  1. Olá, amigo Antenor!
    Que belíssimo poema, mas bota nostalgia nisso, amigo!
    Você descreve maravilhosamente essa sensação
    de saudade e que todos nós temos. E pensando e sentido saudades, é que penso no sentido da vida em si, e em muitas coisas que vivenciamos e que damos um valor, quem sabe, maior do que realmente tem.
    Pois é, a vida não é só alegrias e festanças, há o outro lado, que devemos abraçar, pois é aquele que nos ensina, que nos alegra, mas também nos entristece um pouco, e é esse que nos leva pensar quando já deixamos a infância, a adolescência e assumimos a realidade de novos caminhos.
    Aplausos, amigo! Vir no seu blog é mergulhar sempre em
    verdades e em coisas sérias, mas com doçura, e eu gosto muitíssimo.
    Uma ótima semana, saúde e paz sempre!
    Grande abraço.

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    1. Olá, Tais.
      O seu belíssimo comentário retrata com
      muita propriedade as nuanças que os
      sentimentos nostálgicos trazem ao coração.
      Muitas são as marcas que trazem
      recordações para a realidade presente,
      pois os sonhos não morrem, apenas se
      escondem, mas sempre voltam esculpidos
      e decantados aos olhos de quem ama.
      As suas ponderações me encantam sempre
      mais, muito me honram e incentivam.
      Com profundos agradecimentos desejo,
      igualmente, que a semana que se inicia lhe
      seja plena de saúde e alegrias.
      Cordial e fraterno abraço.

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