quinta-feira, 30 de maio de 2013
MISTÉRIOS DO SER
Ao longo dos séculos, a verdade sobre a existência da alma e os dotes da inteligência humana são temas debatidos e aclamados por insignes pensadores de todo o mundo.
Os livros de auto-ajuda, e todos os diversificados segmentos religiosos apregoam com extremada convicção, cada qual à sua maneira, e de acordo com os seus princípios, os caminhos virtuosos que levam à verdade insofismável de todas as coisas.
Mas, afinal, onde estará a verdade? Será mesmo que a encontraremos nesses ensinamentos? Ou será que estaria na convicção de que os sentidos captam todo o circunspeto e grava, pouco a pouco, nas profundezas da memória, todo o potencial a ser desfrutado pela consciência humana? Os sentidos, porém, não são confiáveis. Por vezes nos traem...
Estará a verdade na razão? No pensar correto e na meditação sobre o certo e o errado? Mas, a razão também falha: quantas certezas de hoje não serão dúvidas no amanhã?
Há ainda o ceticismo absoluto. Para o cético, tudo é ilusão, passageiro e transitório, como já dizia Heráclito: “Tudo flui, tudo está em movimento e nada dura para sempre”.
Tudo tem um fim. Será? Um Universo tão imenso e mavioso existe apenas para abrigar uma vida tão passageira?
Muitos são os que dizem que nada é feito sem a vontade de Deus que a tudo rege por todo o Universo. Esta afirmativa gera polêmica, isto por que, ao mesmo tempo em que merece respeito e inclusive nos faz lembrar o pensamento de Adam Smith de que “uma mão invisível guia a humanidade e a ordenação de todas as coisas”, sugere pensarmos sobre o livre arbítrio. Recordo-me dos primeiros anos em que cursei Ciências Econômicas, quando, reiteradamente, era colocada em pauta as palavras deste grande pensador, mesmo porque, trata-se de um dos “pais da Economia” – uma das nossas maiores heranças intelectuais, o que pode ser facilmente comprovado em sua primorosa obra “A riqueza das nações”.
Entretanto, cabe-nos a seguinte indagação: até que ponto somos realmente livres?
Entre os choques de opiniões diversificadas, a vida continua... A verdade para milhões é inverdade para outros milhões. E assim, entre convicções e abissais ingenuidades, o ser cumpre a sua trajetória: finita na Terra de incógnitas, ou vive sua vida eterna.
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da internet
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Bom dia, Antenor. Estamos aqui para aprender, e a lição é longa...
ResponderExcluirInquestionavelmente sim, Ana. A busca da verdade sempre intrigou principalmente os grandes pensadores, mas está além da nossa imaginação.
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