Homenagem à minha saudosa mãe.
Não há nada comparável
Entre amores sempiternos,
A
essa afeição indelével
Do
infinito amor materno.
Carregando o frágil filho
No
colo de veludez,
Não
há mácula: só encanto
Nessa
terna languidez.
A
sua presença ornamenta
Os
douros palaciais;
Com
a mesma dimensão consola
Os
casebres em seus ais.
Sua
sapiência infinda
Nos
ensina o bem viver...
Amor
despretensioso
Jorra luz no anoitecer.
Oh,
minha mãe querida!
Já
não a tenho comigo,
Mas
minha prece eterniza
Esse
amor que lhe dedico.
Em
meus sonhos mais queridos,
Oferto-lhe belas flores!
Fecho os olhos num sorriso,
Beijo-lhe a fronte com amor.
Antenor Rosalino
Olá, meu amigo Antenor, que poema lindo, terno, cheio de amor! E saudade, também. Notei isso.
ResponderExcluirFico aqui a imaginar o amor que um filho tem para criar tão belo poema! E que rostinho bonito, sereno.
Sim, amigo, quando elas se vão causam um rebuliço, um tormento que não se apaga.
Penso diariamente na minha mãe, o que fazíamos juntas, onde íamos e com muita alegria para os shoppings e tantos outros lugares. Parecíamos 2 adolescentes. E se foi, resta a lembrança e a saudade, principalmente no Natal que fazíamos tudo junto, desde comprar os presentes até a Ceia.
Li várias vezes esse seu poema.
Fiquei emocionada, Antenor, há coisas, atitudes e emoções na vida da gente que temos de ir levando, mas a saudade é grande.
O tempo não apaga e nem ameniza, ele dá um tempo entre uma coisa e outra; entre a saudade e a lembrança.
Tenho uma foto da minha mãe na prateleira acima do computador, também do meu pai, lembro sempre...Foram a minha referência.
Grande abraço, querido poeta,
aplausos sempre!
Caríssima Tais,
ExcluirComoveu-me a leitura do seu belíssimo comentário. É a representatividade viva e profunda da saudade que nossos pais nos deixam quando de suas partidas.
Sim, minha amiga, o tempo não apaga jamais as muitas recordações desse elo de amor imensurável e fico a imaginar que bom seria se a hipótese de um reencontro em outra dimensão da vida pudesse acontecer de fato. E quem sabe?
Detenho-me aqui no vislumbre de sua sentimentalidade com a qual compartilho e lhe agradeço do fundo do meu coração por sua doce partilha nostálgica e emocional.
Meu abraço de afeto com respeito e admiração de sempre.
Rosalino,
ResponderExcluirque delicadeza luminosa há nestes versos. É como se cada estrofe carregasse o perfume antigo das mães que já partiram, mas que permanecem tatuadas em afeto, memória e eternidade.
Seu poema não fala apenas de saudade: ele a transforma em altar, em oração, em gesto.
A ternura com que você descreve o amor materno tão sem mácula, tão universal, capaz de habitar palácios e casebres emociona profundamente.
E essa despedida que não é despedida, esse “beijo na fronte” ofertado no sonho… ah, isso toca o mais íntimo do coração.
Obrigada por essa joia de sentimento em forma de poema. Leio com os olhos marejados e a alma aquietada.
Uma abraço,
Fernanda
Olá, Fernanda.
ExcluirPosso lhe assegurar que o seu comentário contém muito mais brilho do que o meu modesto texto. É das das mais significativas, envolventes e belas a sua expressividade, digna de exacerbados aplausos.
Não encontro palavras para lhe agradecer à altura e digo apenas muito obrigado, querida amiga, mas do fundo do meu coração, com o mesmo sentir nostálgico que você aqui denota e me cala a alma em profunda introspecção.
Afetuoso abraço.
Olá, caro amigo e poeta Antenor, seu fantástico poema escrito com sabedoria e sensibilidade, certamente herdado de sua mãe, que desde cedo o embalou, ensinou as primeiras regras da vida, ensinou o respeito às pessoas, o amor à Natureza, o amor e respeito aos animais, o deslumbramento ao olhar a lua e as estrelas, aprendendo que Alguém criou esse Universo, esse menino fez-se poeta, quem sabe com a inspiração pela doçura de sua mãe, e agora escreve esse poema com a sabedoria de quem está mais distante da juventude, mostrando sentimento de amor e gratidão à sua mãe, que certamente é ainda o seu farol.
ResponderExcluirParabéns, caro amigo Antenor, pelo brilho do poema que se fez joia ao homenagear sua mãe.
Um ótimo final de semana, aí na sua bela Araçatuba, com muita paz.
Grande abraço.
Olá, prezado amigo e imperador da poesia contemporânea, Pedro Luso.
ExcluirLisonjeado com suas palavras elogiosas, não posso negar a herança que meus pais me deixaram sobre os preceitos fundamentais que padronizaram o meu comportamento, tão essenciais para a convivência social, e o desenvolvimento da disciplina e da justiça, assim como também é o seu caso.
É bem possível que a maneira pela qual somos criados pode nos influenciar em maior ou menor grau de sensibilidade e, por conseguinte, de percepção poética.
Com profunda gratidão pelo seu valioso incentivo desejo-lhe ótimo domingo e feliz semana vindoura repleta de alegrias para você e família, em sua belíssima Porto Alegre.
Cordial e fraterno abraço.
Que lindo poema, Antenor!
ResponderExcluirQue saudades hein! E como dói a saudade não é?
Custei a entender essa dor. Me criei ouvindo que a saudade dói,
mas só fui entender quando meus queridos se foram e não
havia nada a fazer senão seguir a vida. E segui. Mas tem dias
que me bate uma saudade... Imagino que a saudade deve ter
ido te visitar e sentou-se na mesa contigo para tomar um chá
e relembrar os belos tempos. Daí você escreveu esse lindo e dolorido poema, uma homenagem sincera e profunda
direto do teu coração. Um poema terno e comovente.
Desejo a você um ótimo final de semana.
Bjsss, marli
Olá, Marli.
ExcluirSim, minha amiga, o tempo passa, mas a saudade continua doída conforme a sua mesma experiência vivida.
Foi, de fato, num momento dos mais introspectivos e saudosos que escrevi esse poema há já bastante tempo e resolvi reeditá-lo aqui com o mesmo sentir nostálgico. É como um eco do passado vibrando nas cordas invisíveis do tempo.
Sou muito grato a você pelo seu lindo e comovente comentário e lhe desejo um ótimo domingo e que a semana vindoura lhe seja também proveitosa e feliz.
Terno abraço.
Um poema repleto de saudade. A saudade é um sentimento que não sai de dentro!
ResponderExcluir.
”Saudade”
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Beijos e um bom Domingo!
Antenor, bello y conmovedor poema en homenaje a tu Madre.
ResponderExcluirCuanta ternura y devoción hay en tu corazon , ella feliz te esta mirando viendo su fruto tan lleno de amor. siempre en tu recuerdo.
Me conmoviste Poeta
Que pases un feliz inicio de semana
Besos Antenor