sexta-feira, 19 de setembro de 2025

NÃO VIVEREI EM VÃO

 

                                              

 

                  Não viverei em vão seu eu puder,

                  com pureza de sentimentos,

                  salvar ao menos um coração

                  que se vê arrastado

                  pela incompreensão do desamor,

                  na corrente sombria

                  do desespero e da dor inútil.

 

                  Se eu puder aliviar uma dor

                  ou ajudar um pássaro ferido

                  a ludibriar nevascas e galgar incólume

                  o aconchego do seu ninho

                  poderei dizer em regozijo

                  - feito um poema deixado

                  em construto imortal -,

                  na leveza ascendente

                  de sentimentos crísticos,

                  que eu não vivi em vão.

 


                                   Antenor Rosalino

                 

 

8 comentários:

  1. Olá, amigo Antenor!
    Que poema maravilhoso! Um poema que vem totalmente ao encontro do meu pensar. Não vive em vão quem alivia a dor do outro. De tanto que gostei, li várias vezes seu poema e, em cada uma das leituras que fazia, minha reflexão se ampliava. Obrigada por isso.
    Abraço, Marli.

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    1. Olá, Marli.
      Sinto muito prazer em saber que o meu expressar no poema em pauta tocou a sua sensibilidade, a ponto de merecer a generosidade de sua leitura outras vezes mais.
      Sim, minha amiga, a introspecção pela busca em aliviar a dor alheia é como um rosário tecido em orações, e faz com que a vida tenha mais sentido.
      Muitíssimo obrigado e um grande abraço.


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  2. Rosalino,

    li seu poema e senti cada verso como um sopro de luz sobre a dor e o desamor do mundo. A delicadeza com que fala de aliviar sofrimentos e cuidar dos pequenos seres é comovente. Realmente, quem semeia amor assim nunca vive em vão. Gratidão por compartilhar essa inspiração tão profunda.

    Com carinho, Fernanda

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    1. Bom dia, Fernanda.
      Sensibiliza-me o seu comentário que contém palavras poéticas encantadoras.
      Fico profundamente grato por sua aquiescência ao meu intento, e deixo aqui também a minha reverência por seu sempre presente e admirável estado de sentimentos altruísticos.
      Que Deus a mantenha sempre assim. Seja sempre feliz e um terno abraço.

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  3. Olá, poeta Antenor, maravilha de poema, meu amigo, você não passará por esse pobre mundinho sem deixar sua marca, em especial entre as pessoas que o rodeiam, na sua importante e linda Araçatuba.
    Sua solidariedade, seu amor enriquece seu caminho, amenizando as dores do mundo, importando-se com seus semelhantes, mesmo com um pequenino pássaro. O mundo fica mais belo com pessoas assim como você.
    Daqui de longe, deixo meus aplausos e minha admiração por tão lindo e humano poema.
    Um bom domingo e uma feliz semana, querido amigo.
    Grande abraço daqui do Sul para a sua bela Araçatuba!

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    1. Caríssima Tais,
      Escrever é uma das extensões do meu viver e reconheço estar longe de deixar marcas surpreendentes de atos e escritos de humanitarismos como é o seu caso, mas ao menos procuro denotar a minha repulsa ao desamor tão presente em nossos dias atuais.
      Com admiração verdadeira detenho-me intensamente agradecido por suas palavras elogiosas que faz vislumbrar enredo de cores com sua pena pura e tranquila.
      Abençoados sejam os seus dias, esses são meus votos desde o interior paulista até a exuberância da sua Porto Alegre que tem o privilégio de contar com uma escritora igual a você, de tão alto intelecto e tão querida por seu fino trato.
      Cordial e fraterno abraço.

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  4. Olá caro poeta e amigo Antenor, é sempre com satisfação que leio cada poema de sua lavra, postados aqui neste seu espaço dedicado à poesia e à crônica.
    Desta vez tive o prazer de fazer duas leituras deste seu excelente poema cujo título é NÃO VIVEREI EM VÃO, poema que diz bem do desejo do poeta em dar a sua ajuda para quem dela precise.
    Esta é uma das lições dos poetas, e você caro Antenor, faz parte dessa plêiade que busca minorar sofrimentos. Aliás, essa é talvez a mais nobre missão do poeta, qual seja, de ter em seus versos o bálsamo para todas as dores mesmo para a própria dor do poeta, embora saibamos que o poeta não fala só de suas dores, ele fala das dores do mundo, e para isso o eu lírico, essa espécie de personagem, como ocorre nos romances e contos, fala de outra pessoa como se fosse a pessoa do poeta.
    Essa é a missão sagrada do poeta em tentar aplacar não só a própria dor, mas como as dores das pessoas que sofrem. Diga-se, que o eu lírico, também se fará presente, quando necessário nos momentos de alegria e de paz.
    Parabéns, caro Antenor, pela nobre missão que desempenha como poeta.
    Desejo uma ótima semana, aí na sua bela Araçatuba.
    Grande abraço.

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    1. Olá, prezado e fraterno Pedro Luso.
      Primeiramente, muito lhe agradeço por sua sempre presente generosidade em apreciar os meus textos, fato que muito me honra, incentiva e envaidece.
      O amigo atribui os elevados predicados à minha pessoa devido à sua consideração para comigo que é recíproca, mas, modéstia à parte, busco, nesse outono da minha vida, intensificar os estados afetivos mais duradouros para um viver de paz, cujo exercício é recorrente em sua vida em todos os sentidos.
      Repriso os meus agradecimentos desejando-lhe, em igualdade de condições, um ótimo fim de domingo e que a semana vindoura também lhe traga alegrias e que bênçãos divinais o acompanhe em cada passo de sua vida.
      Forte abraço araçatubense até a sua deslumbrante Porto Alegre.

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