terça-feira, 22 de julho de 2025

POETAS VIRTUAIS

 

                             

 

                       Entre sonhos avolumados

                       na mente liberta,

                       aventam-se pensamentos

                       purificados e depurados

                       na magia das palavras soltas...

                      Como um poema abandonado,

                       deixado no ar,

                       os versos anseiam viver:

                       latejam na alma poética,

                       enquanto suas células líricas,

                       feitas de amor perfeito,

                       imergem-se no mar da esperança,

                       buscando  encontrar num dia feliz,

                       de repente, outras almas divagantes

                       no mundo virtual incerto

                       - labirinto de saudades -,

                       e unirem os seus anseios

                       em distantes rosários da vida:

                       onde o lirismo alicia

                       horizontes que fecundam

                       atemporais poesias.

 


                                            Antenor Rosalino

6 comentários:

  1. Antenor, que preciosidade lírica esse teu poema um sopro de sonho e sensibilidade vagando pelos corredores do tempo e da alma. Senti os versos como se fossem brumas suaves, flutuando no ar e pedindo abrigo em quem ainda se permite sentir. Há uma delicadeza imensa nesse “poema abandonado” que, no fundo, está mais vivo do que nunca pulsando entre almas que, mesmo distantes, se reconhecem no mesmo “labirinto de saudades”.
    E que imagem linda essa dos “rosários da vida”… como se cada lembrança, cada verso, fosse uma conta delicada de oração e poesia.
    Obrigada por escrever com o coração exposto, e por deixar que o lirismo encontre, mesmo no virtual incerto, um ninho de pertencimento.

    Com admiração e ternura,
    Fernanda

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    1. Bom dia, Fernanda.
      Como é bom saber que tenha gostado do poema de forma tão profunda, a ponto de compará-lo a “um sopro de sonho e sensibilidade vagando pelos corredores do tempo e da alma”. Que expressar!
      As suas belíssimas palavras poéticas fazendo alusão ao texto me fazem pensar o quanto a humanidade perderia sem a visão da substância universal em seu fulgor de encantamento.
      Sim, minha amiga, a poesia é a voz da alma no seu tom maior, e os poetas, na sua passagem pela vida afora, deixam pegadas de ternura e exemplos perpétuos nas mais profundas fontes e abissos da memória, e vão colhendo, no jardim da existência,
      flores vívidas ou fenecidas e para cada qual, uma poesia é aventada.
      Os agradecimentos são todos meus pela honra da sua
      amizade, incentivo e consideração.
      Cordial e afetuoso abraço com a mais profunda saudação poética.

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  2. Olá caro poeta e amigo Antenor,
    muito teria o que dizer sobre esse seu magnífico poema,
    um belo metapoema no meu entender.
    Nos muito sonhos os pensamentos fazem ninhos na mente do poeta, alvos pensamentos e a liberdade das palavras.
    Mas os versos estão na alma dos poetas, e prontos para voarem, qual andorinha no verão, e a esperança do poeta, é um poema feito arte, banhados pelas cores da Aurora.
    Belíssimo poema!
    Um ótimo fim de semana, com saúde e paz.
    Grande abraço.

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    1. Bom dia, Pedro Luso.
      Sim, meu caro amigo e poeta, os pensamentos se avultam na alma poética e ficam latentes desejando se exteriorizarem. Não se trata, portanto, de exibicionismo, é apenas o prazer do compartilhamento, principalmente com outras almas afins.
      Fico imensamente feliz e honrado com seu belo e gentil comentário, e a analogia que você faz entre "os versos desejando voarem e as andorinhas no verão" demonstram todo fascínio do seu versejar que
      encanta seus privilegiados amigos e leitores.
      Meus renovados agradecimentos por sua honrosa demonstração de amizade e incentivo sempre presentes.
      Despeço-me desejando-lhe, igualmente, um fim de semana cheio bênçãos e alegrias.
      Cordial e fraterno abraço.

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  3. Olá, amigo / poeta Antenor, a mente dos poetas é previlegiada, sem dúvida. Na mente do poeta, há uma total e costumeira liberdade, sonhos e lirismo. Dos mais puros sentimentos, só podem nascer verdades e beleza.
    Os poetas dizem tudo que percebem, podem até criticar coisas pesadas da vida que rolam pelo mundo afora, mas seguem uma linha suave e bela a que estão acostumados, então aplaudimos tal leveza e delicadeza. Diferente do que encontramos nas crônicas, nos contos, nos romances. Um poema pode dizer tudo e nada omitir, mas de uma maneira que no final dizemos com encantamento: que belo!
    Aplaudindo daqui, querido amigo!
    Um feliz fim de semana,
    Saúde e felicidade sempre!
    Abraços daqui de Porto Alegre para a sua bela Araçatuba!

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    1. Caríssima Tais.
      É admirável o seu perfeito entendimento sobre os sentimentos que povoam a alma poética, tão cheia de infindáveis sonhos, mas que não deixam de expressar também, determinados pensamentos de revolta como, por exemplo, o fato de se manter neutralidade enquanto há tantos infelizes.
      Em seu lindíssimo comentário encontro lenitivo para continuar exteriorizando minhas vívidas emoções e jamais esquecerei essa sua fineza de trato existente somente nas grande almas e da honra de sua amizade tão importante para mim.
      Muito obrigado, querida amiga.
      De Araçatuba para sua apoteótica Porto Alegre, o meu abraço de carinho e votos de um fim de semana promissor e sobejante de alegrias.



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