Entre sonhos avolumados
na mente liberta,
aventam-se pensamentos
purificados e depurados
na magia das palavras
soltas...
Como um poema abandonado,
deixado no ar,
os versos anseiam viver:
latejam na alma poética,
enquanto suas células
líricas,
feitas de amor perfeito,
imergem-se no mar da
esperança,
buscando encontrar num dia feliz,
de repente, outras almas
divagantes
no mundo virtual incerto
- labirinto de saudades
-,
e unirem os seus anseios
em distantes rosários da
vida:
onde o lirismo alicia
horizontes que fecundam
atemporais poesias.
Antenor Rosalino
Antenor, que preciosidade lírica esse teu poema um sopro de sonho e sensibilidade vagando pelos corredores do tempo e da alma. Senti os versos como se fossem brumas suaves, flutuando no ar e pedindo abrigo em quem ainda se permite sentir. Há uma delicadeza imensa nesse “poema abandonado” que, no fundo, está mais vivo do que nunca pulsando entre almas que, mesmo distantes, se reconhecem no mesmo “labirinto de saudades”.
ResponderExcluirE que imagem linda essa dos “rosários da vida”… como se cada lembrança, cada verso, fosse uma conta delicada de oração e poesia.
Obrigada por escrever com o coração exposto, e por deixar que o lirismo encontre, mesmo no virtual incerto, um ninho de pertencimento.
Com admiração e ternura,
Fernanda