segunda-feira, 7 de outubro de 2024

O SERESTEIRO


Homenagem ao
Grupo Amigos da Seresta
de Araçatuba






Com o olhar complacente
Em miríades de estrelas,
O seresteiro se entranha
Na poesia plena presente
Do plenilúnio que abriga
As suas canções dolentes.

Predestinado por mãos divinas,
Encanta multidões...
Energiza-se a luz do prado
Nas serestas que arrebatam
Corações esmaecidos
De saudades incrustadas.

Sob o prisma do luar afável,
O seu coração nostálgico
Busca revelar o belo...
E os acordes acontecem
Nas canções que fazem eco
No altar dos campanários
E nas montanhas em prece.


                               Antenor Rosalino



  Reedito esse poema em homenagem, sobretudo,
ao meu irmão Aurélio Rosalino, falecido no dia
16 de agosto último, vítima de infarto fulminante,
aos 87 anos de idade. 
  Esse poema figura na primeira página de um livro
feito esse ano, em comemoração aos 35 anos de
existência do Grup0, do qual, por muitos anos, ele foi
coordenador. Era também publicitário, criador e
apresentador do programa "Eu, você e a saudade", 
na Rádio Max 90, de Araçatuba. Na foto ele aparece
de paletó branco.

   Saudades imorredouras!

  

8 comentários:

  1. Olá, tudo bem?
    belíssima homenagem aos seresteiros!

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    1. Olá, Eduardo.
      Está tudo bem e muito lhe agradeço
      pelo gentil comentário.
      Grande abraço.

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  2. Olá, Antenor!
    Uma bonita homenagem, em forma poética, dedicada ao seu irmão que faleceu em Agosto e a todos os seresteiros.
    Um grande abraço e boa semana.

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  3. Olá, Céu.
    Aqui fico sensibilizado com seu
    gentil comentário e muito lhe
    agradeço.
    A perda é doída, mas felizmente,
    o sofrimento da finitude do meu irmão
    foi breve e ele teve uma passagem serena.
    Fraternal abraço e tenha uma feliz semana você também.

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  4. Olá, caro poeta e amigo Antenor,
    li por duas vezes este belíssimo poema,
    que tem por tema a Seresta, Seresta que nos leva
    a tempos idos em que os seresteiros tocam seus
    violões, cantam com vozes sentidas canções apaixonadas,
    sobre a luz do luar, com as estrelas brilhando em seus olhos,
    momentos de arte e de encantamento.
    Parabéns, poeta, pelo belíssimo poema, mas não deixaria de
    deixar meu abraço e meus sentimentos pelo falecimento de seu querido irmão.
    Votos de uma boa semana, paz e saúde.
    Grande abraço, amigo.

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    1. Olá, Pedro Luso.
      Fico muito grato em saber da sua apreciação
      ao meu poema, no qual desejo, de fato, trazer
      ao leitor o quanto os seresteiros fazem com
      que voejemos pelos tempos memoráveis em
      que as serestas falavam ao nosso coração.
      Agradeço sobretudo, meu prezado amigo e
      exímio poeta, pelo seu compartilhamento
      solidário à dor que sinto pelo passamento do
      meu irmão que, espero, possa estar sob a
      proteção do Pai Eterno.
      Despeço-me desejando-lhe também muita
      saúde e dias felizes e promissores.
      Grande e fraterno abraço.

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  5. Olá, meu querido amigo poeta, que lindo poema, cheio de saudades, terno e sensível poema.
    Entendo, amigo, a perda de um irmão, pai, mãe, e nossa família que formamos, mexem muito com nossos sentimentos mais profundos, nosso sangue, nossas raízes. Vendo o grupo de seresteiros e seu querido irmão, dá para ver a alegria de todos ao se reunirem na alegria da música, essa, muito forte.
    Mas seu irmão deve ter sido muito feliz, e agora, está olhando por você lá de cima.
    Deixo aqui meus sentimentos e aplausos pelo belo poema. Que bela festa entre eles, seresteiros, imagino.
    Grande abraço, meu amigo, infelizmente, a vida vai nos tirando aos poucos o que mais amamos, mas é assim, por isso alguns poetas a chamam de madrasta - a vida.
    Grande abraço, fique bem

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  6. Olá, Taís.
    Muito me comove saber que o meu poema tocou
    a sua incomum sensibilidade, e fico-lhe muito grato
    por isso e pela sua tocante manifestação de profunda
    solidariedade pelo falecimento do meu querido irmão.
    Posso lhe assegurar que sim, minha querida amiga e
    insigne escritora Taís, o Aurélio viveu momentos da mais
    pura alegria fazendo o que gostava durante toda a vida.
    A seresta era parte da vida dele. Ele sentiu-se mal de
    forma repentina, quando estava num clube local com
    alguns familiares. Foi atendido por socorristas e levado
    às pressas para o hospital, mas logo ao chegar teve a
    parada cardíaca fatal. Que Deus o tenha.
    Embora a vida nos oferte muitas alegrias, às vezes
    penso também sobre a frase de Nietzsche de que "a vida
    é uma dor sem sentido". Mas, vamos vivendo com
    sensatez e gratidão por tantas dádivas recebidas e
    oportunidades de momentos inesquecíveis.
    Recebo o seu abraço de conforto e os votos, e os retribuo
    com meu maior carinho, respeito e admiração.
    Fiquemos com Deus e em profunda paz. Obrigado sempre.

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