domingo, 20 de outubro de 2024

FUTEBOL




Sob a imensidão do plácido azul celestial,

os dourados raios de sol aquecem

 - com fulgurante esplendor -,

a cidade engalanada

na primícia do encantamento

de mais um dia de futebol.

 

Entre faixas e adornos coloridos,

reluzem os olhares vívidos dos torcedores:

alviverdes, alvinegros, tricolores...

Ostentando cada qual, o sagrado símbolo

do clube do seu coração.

 

O gigantesco estádio acolhe

a explosão inevitável da multidão

circundante do verde e demarcado gramado

que reluz!

 

Desfraldam-se as bandeiras!

É chegada a hora do pontapé inicial

do promissor e grande clássico.

 

Os “artistas da bola” encantam a platéia

com dribles desconcertantes; passes rápidos

 - como o lançar de uma flecha indígena -,

cabeceios gigantescos no ar

e jogadas monumentais!

 

A apoteose chega ao ápice no momento do gol:

é   indizível a vibração do time

que sai à frente, no marcador,

enquanto a torcida contrária

reascende a chama das vaias

- até mesmo contra a arbitragem incólume -,

em esperança da sonhada

reversão do placar quando mostra,

com ostensiva luminosidade e precisão,

o resultado parcial.

 

Ao final da jornada, é notório o contraste

das emoções entre uma e outra torcida.

Fica porém, para todos, a alegria de

vivenciarem o inefável encantamento

da mágica arte do eterno futebol.

 

                               Antenor Rosalino

 

6 comentários:

  1. olá, Antenor (faz tempo que eu não vejo ninguém com seu nome que era o nome de um querido tio meu já falecido. O chamávamos de "Nônô).

    O futebol é o esporte mais popular do mundo e eu gosto muito de assistir uma partida bem jogada. Curiosamente, não tenho um clube do coração mas sempre torci muito pela seleção brasileira que tantos nos encantos há décadas, apesar que hoje já não sentimos que temos a mesma qualidade de outrora.

    Seu poema descreve bem as emoções de um grande jogo.

    bom domingo.

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    1. Olá. Eduardo.
      Obrigado pelo belo comentário.
      Que Deus mantenha sempre em seu manto protetor a alma do meu xará e seu querido tio "Nonô".
      Quanto ao poema, confesso ter muita saudade dos tempos em que não havia tanta vaidade e vãs ostentações da maioria dos jogadores e dirigentes, e a entrega nos jogos era total e das mais elogiáveis. Entretanto, apesar disso, ainda gosto muito de assistir as competições, e, embora sem fanatismo, torço pelo São Paulo.
      Com renovados agradecimentos desejo-lhe uma semana abençoada e feliz.
      Fraternal abraço.

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    1. Salve, Ryk@rdo!
      Muito lhe agradeço pela apreciação.
      Grande abraço.

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  3. Olá, querido amigo, olha, não vejo futebol, mas os homens da família, parentes, vizinhos e grande parte da população segue vendo e escutando, e têm seu time do coração.
    Eu não consigo me vincular ao futebol por mais que queira! A razão são duas: não gosto daqueles gritos de Gooool, até digo para o Pedro o porquê daqueles gritos se todos viram que foi Gool??? Mas entendo. E também não gosto de ver agressividade entre as torcidas, não me faz bem.
    Porém, querido amigo, sei ver quando um poema dedicado ao futebol é bem escrito, quando mostra a emoção, e acho que se esse esporte fosse mais saudável até que gostaria de seguir, pois gosto de ver a paixão nos outros, quando saudável for, o jogo em si.
    Gostava de ver Pelé e Garrincha, e tantos outros que levavam meu pai à emoção. A dupla Grenal aqui leva muitos à loucura! rsss
    A Seleção quando joga, aí vejo sempre, sim! É o Brasil no coração! A coisa muda quando toca o coração. Aplaudo seu ótimo poema, sim!
    Um ótimo domingo, e uma linda semana!
    Grande abraço, paz e saúde sempre. amigo!

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    1. Meus cumprimentos, minha querida amiga
      Tais.
      Compreendo a sua posição e a respeito. Gosto
      muito da sua naturalidade, além do seu jeito delicado
      de ser e da sua brilhante literalidade.
      Para ser sincero, embora eu goste muito desse esporte, também me decepciono com o futebol apresentado na atualidade. Há baixo rendimento dos times, muito interesse financeiro e também os episódios de violência, aos quais você se refere; mesmo assim, voltei o meu olhar para a tradição e para o encanto que esse esporte sempre causou para a grande maioria dos brasileiros e, na qualidade de são-paulino, resolvi passar para o papel apenas a magia do espetáculo em suas nuances arrebatadoras.
      A sua alusão aos imortais Pelé e Garrincha, trouxeram-me tocantes recordações dos melhores momentos vividos pela seleção.
      Muito obrigado pelo gentil e belo comentário. Tenha um ótimo fim de domingo, e saúde perene com muitas alegrias em todos os seus dias.
      Cordial abraço com a admiração de sempre.

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