quinta-feira, 26 de outubro de 2023

POEMA AOS RECANTISTAS

 

Homenagem aos imorredouros do

 Memorial  Recanto das Letras   


          

  POEMA AOS RECANTISTAS


Estamos aqui por um tempo, nada mais.

Translúcidas imagens em noites de plenilúnio

Trazem lembranças imorredouras,

E vastas experiências levaremos como bagagem

Ouvindo a voz do vento que acaricia folhagens em

Harmônica sinfonia com o balé das flores.

 

As lágrimas ou sorrisos, pouco importam para o

tempo, que nos leva mostrando que a poesia

derramada em versos será perpétua na caminhada

da vida em seus mistérios e incógnitas.


E, ao olhar o sol com suas centelhas luminosas,

descobrimos que é sempre além, que habita nosso

sentir mais profundo tantas vezes delineado em

versos com tinta pura e tranquila.

 

Alegremo-nos no pensar de que um enredo de cores

Extirpará perpetuamente as lágrimas na virada da

Página, num suspirar profundo de quem quer voar

Tão livre como os albatrozes que singram os mares.

 

Os poetas e poetisas renascem a cada dia

Nesse memorial esculpido e decantado que

Pinta as noites e os dias com aquarelas faiscantes

De eternas poesias que chegam ao céu num encanto

Como os rosários tecidos em oração para os filhos.

 

 

                                    Antenor Rosalino

 

 

 

 

6 comentários:

  1. Mas que belíssimo poema, hein amigo Antenor !? Se trilhássemos nossos caminhos como os poetas fazem sua poesia, forte, bela e valorizando os verdadeiros sentimentos, não tenho dúvidas que seríamos muito mais felizes. Li seu poema encantada.
    Minha próxima crônica está pronta, e me surpreendi que o tema é semelhante! A poesia é um exemplo , nosso caminho poderia ser repleto de flores e mais alegria se os alicerces fossem de verdades.
    Votos de um ótimo domingo poeta, saúde e paz sempre!
    Meu carinho e terno abraço daqui do Sul.

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    1. Meus cumprimentos, Tais, e como é bom ter a honra de me sentir prestigiado por tão brilhante cronista como você.
      Muito obrigado, minha amiga. O seu comentário vem de encontro ao meu desejo de; realmente, valorizar os sentimentos humanitários, iguais aos seus.
      Terei o maior prazer de ler a sua crônica com igual temática.
      Afetuoso abraço aracatubense com votos também de bom fim de domingo e de uma semana de alegrias e muita paz.

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  2. Encantada e sensibilizada com uma poesia tão requintada em sentimentos e sabedoria!
    Abraços fraternos!

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    1. Olá, Lúcia.
      É sempre motivo de muito contentamento receber os seus comentários que tanto me incentivam a continuar com meus escritos.
      Meus sinceros agradecimentos com votos de felicidades sempre, e um terno abraço.

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  3. Olá, meu amigo Antenor, o tempo, que é tratado por você
    no seu belo poema vai pesar e ser objeto de muitas indagações quando se está na fase adulta, quando as indagações e os sobressaltos sobre ele, o tempo, faz-nos esquecer que na infância e na adolescência esse mesmo tempo praticamente não existe, vive-se distante do tempo. Depois dessas fases o tempo nos persegue e assusta, o tempo que se perdeu, o tempo que está por vir.
    Gostei muito dessa leitura.
    Uma boa continuação de semana, saúde e paz.
    Grande abraço, amigo.

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    1. Olá. meu amigo e nobre poeta Pedro.
      As suas ponderações são bem profundas e sábias sobre o quanto admiramos a velocidade do tempo quando somos adultos e o quanto ele nos atinge sob os mais diversos ângulos da existência, sendo que, de forma um tanto antagônica somos indiferentes a esses mesmo tempo na infância e parte da adolescência. Penso que é justamente devido a esse antagonismo que as lembranças infantis imortalizam-se em nossa memória.
      Feliz com seu belo comentário, só tenho a lhe agradecer e lhe desejo, em igualdade de condições, que os seus dias sejam sempre abençoados e felizes.
      Grande e fraterno abraço.

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