No tempo fatídico da escravatura inútil,
Quando estrelas fitavam tristonhas senzalas,
Requebravas seus
dotes de moça bonita
Sob os olhos vorazes
do sultão no harém!
Como flor entre espinhos balançando no ar,
Deixaste no tempo em
silente insuflar
O legado supremo do
saber infinito:
“Ocultar o sofrer
com sorriso no olhar”.
Seu rosto brilhava
nos traços perfeitos
Emitindo aspectos
de raios de luz!
Na escultura do
corpo onde olhares pousavam,
E encantados
ficavam pelo ardor sensual!
Senti-as na pele
enquanto dançavas,
O martírio de
outros escravos irmãos
Padecendo torturas
nas duras falésias,
Sob açoites
ferozes em seu crepitar.
Porém, nesta
vida, como tudo se esvai,
Deixou este mundo
a pobre puela.
Entre solfejos divinos e lampejos de luz
Olvidando os
insultos, com Deus foi morar!
Hoje distante de
impiedosos terráqueos,
Juntando-se à plêiade de escravos fiéis
- em sonhos
felizes sem dor a ocultar -,
Desfruta os
tributos dos anjos dos céus.
Antenor
Rosalino
Poeticamente lindíssimo de ler. Sublime fascínio poético.
ResponderExcluirGostei mesmo muito. Elogio e aplaudo
.
Saudação poética.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
É sempre motivo de satisfação receber os seus comentários, prezado Ryk@rdo.
ExcluirMuito obrigado pelo incentivo.
Saudações literárias.
Gostei bastante do seu poema. Brilhante! :)
ResponderExcluir-
Coisas de uma Vida
-
Beijo e uma excelente semana.
Que bom saber da sua apreciação, Cidália.
ExcluirAgradeço-lhe de coração.
Terno abraço e ótima semana.
Olá, estimado amigo Antenor!
ResponderExcluirEspero que se encontre bem de saúde, tal como sua família. Eu estou bem, assim o creio, e em teletrabalho, pois sou Professora do Ensino Médio, aqui Secundário.
Que poema tão bem executado, após pensado de forma tão erudita!
Era assim a vida das odaliscas, semelhantes a escravas, que se limitavam a obedecer, perante o olhar guloso de "seus senhores". Sofrearam muito e jamais, tenho certeza, tiveram prazer.
Perante a vida que eram obrigadas a levar, o melhor seria partir para o firmamento, onde seriam recompensadas e amadas.
Um grande abraço com amizade.
Olá, Céu.
ResponderExcluirFico feliz com sua apreciação que muito me incentiva e lhe agradeço de coração.
Sim, a vida das odaliscas e dos escravos até hoje envergonham a humanidade. Tudo muito lamentável. E você tem razão: tanto era o sofrimento para essas criaturas que o melhor mesmo seria desaparecer da vida terrena.
Repriso os meus agradecimentos pela generosidade de suas
palavras elogiosas e receba um terno abraço com a admiração de sempre.