segunda-feira, 5 de outubro de 2020

ENTREOLHARES


Para ver a negra noite, tão bela...,

E o cirandar das falenas:

Não espero o pôr do sol

Ponho-me a fitar apenas

Os negros olhos de Helena!

 

 Se pretendo ver o mar

 De verdejante amplidão

 Abraçando a doce brisa:

 Repouso o meu olhar inquieto

 Nos verdes olhos de Eliza!

 

  Quando quero ver o céu

  De infinito azul edênico,

  Cintilando magnânimo as dunas e colinas:

  Fico calmo a contemplar

  O olhar azul de Cristina!

 

   Para ver o castanho crepuscular

   Emoldurar desertas praias,

   E o sol amendoado cintilar os caracóis:

   Entranho meus vívidos olhos

   No castanho olhar de Sol!

 

    O meigo olhar das mulheres:

    Divas, damas, colombinas, doidivanas,

    Maria’s,  Ana’s,  Letícias, Aline’s,  Luana’s ...

    Fragmentam-se em cores

    E deixam meus olhos assim: furta-cores!

 

 

                                 Antenor Rosalino

 

 

2 comentários:

  1. Boa noite Poeta! Parabéns pelo magistral poema!! Amei:))
    -
    O silêncio que deslumbra pensamentos
    -
    Beijos e uma excelente semana!

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    1. Aqui fico envaidecido com seu incentivo, Cidália.
      Muito obrigado e um terno abraço.

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