quarta-feira, 10 de julho de 2019

MINHA HISTÓRIA



                           
   
                                           
                        
A calma exteriorização do meu sentir
delineado nas minhas letras pensantes,
traduz o que vai no relicário do meu silêncio,
onde a poesia, vez por outra,  constrói o seu
doce ninho,  e meu pensamento se eleva , 
como a buscar a unicidade da minha frágil e
transitória materialidade  com o meu ser
espiritual que vive  sua vida eterna.

Assim se faz a minha maior história.
Não posso negar os infindáveis lapsos que
comet voluntária e involuntariamente, nos
momentos de fragilidade da alma, mas conto
virtudes que me credenciaram a angariar
incontidas alegrias contrapondo-se ao vazio
que insiste em permear o meu âmago mais
profundo fazendo insurgir lágrimas  silenciosas
nas lacunas da minha solidão.

Nos momentos de instantâneas venturas,
esqueço as páginas tempestuosas do livro da
minha existência, para escrever minha história
genuína e pura nos meandros da minha quietude
e da poesia que me domina.


                                            Antenor Rosalino

       




4 comentários:

  1. Que beleza de poema.. Perfumado e interessante! Amei!

    Beijos e um excelente dia!

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  2. O seu comentário se constitui num grande incentivo para mim, Cidália, e muito lhe agradeço por isso.
    Terno abraço e ótimo fim de semana.

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  3. Olá, Antenor.
    Lindo e profundo!
    Hoje andei relendo alguns poemas meus no Recanto, antigos, e me senti assim.
    Bom final de semana!

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  4. Olá, Ana!
    Fico feliz com tuas doces palavras.
    Não me surpreende o teu sentir após a leitura de alguns dos teus próprios poemas. Nós, poetas, por vezes, nos distanciamos das coisas mundanas e nos entregamos à contemplação íntima. É algo imanente do ser poético.
    Obrigado,amiga, e ótimo fim de semana a ti também.

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