quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

QUIETUDE



                                                        


No silêncio das palavras que profiro
Meus discursos fluem não com os lábios,
Mas de tal maneira com meus olhos
Que a vida comigo dialoga
Em mútua declaração de amor.

Mágica inspiração de inexplicável sonhar.
Esculpida razão sob os pés de altas magnitudes.
Tentáculos e auréolas brilham em pedestal silencioso
Mágica quietude a preconizar meus versos
Pelos remansos platônicos de afinidades líricas.

Sinto minha alma flutuar no infinito das estrelas.
Inexplicável sonhar – graça divinal de poesia latente
Num suspirar da felicidade eloqüente.
E corre o tempo enquanto viro a página
Disseminando exemplos e dispensando as falas.

Liberto de ansiedade vagueio incerto
Onde o vulto do silêncio lembra ternos abraços.
Meu olhar distante navega no vazio
E barcos mareiam num sentido diferente
Sentindo a liberdade em vácuo sentimento.

Reflito sobre o que a palavra não diz
E em mar de ilusões atravesso reticências,
Chavões, vírgulas e todas as pontuações,
E retiro do íntimo o pranto e soturnas fantasias
Para ouvir a voz da alma tatear meu coração.

                                        
                                Antenor Rosalino
 






2 comentários:

  1. Respostas
    1. Boa tarde, Cidália.
      Feliz por você ter gostado, só tenho a lhe agradecer.
      Um terno abraço.

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