Na minha lida no mundo da literatura, especialmente da poesia
que tanto gosto, tenho observado pessoas que sentem no âmago, profundo desejo
de escrever. Parece ser algo imanente. Tais pessoas buscam compartilhar este
sentir com as pessoas circundantes ou à distância. E quando encontram
afinidades, com o mesmo gosto poético, é como se realizassem um sonho
acalentado. Nasceram para escrever e encantar.
Outras existem que, por ter vasto conhecimento literário, escrevem
apenas por vaidade pessoal, no afã de mostrar a sua invejável intelectualidade.
Estes vivem enganados achando que encantam, mas nunca brilharão.
Há
ainda outro grupo de pessoas que escreve simplesmente para espairecer, buscam
repousar a mente fazendo da escrita um entretenimento. Tal procedimento não
deixa de ser salutar.
Assim, cada escritor, à sua maneira, segue escrevendo e trazendo à luz
seus sentimentos e interpretações do seu ponto de vista, advindas de suas
experiências ao longo da vida.
É
bastante curioso também o fato de que os estilos e gostos literários se
divergem muito, e os escritores denotam o seu potencial em conformidade com a
essência de sua personalidade.
Eu, do meu lado, sou afeito à poesia, ouso buscar, a meu modo, atingir a
sensibilidade de quem me honra com suas leituras no meu blog e na minha página
no site do Recanto das Letras. Aparentemente, pela quantidade de visualizações
obtidas e que tanto me surpreende, não tenho decepcionado e isso se constitui
em refrigério para o meu coração.
Não
há dúvida de que fazer poesia é também a oportunidade que temos de
desvincularmos por um dado momento da realidade e voejarmos por um mundo onde a
imaginação flutua como se estivéssemos, de fato, num oásis de plena felicidade.
Evidentemente, não se pode viver sonhando, mas, em certos momentos, essa fuga
para o mundo do “faz de conta” reconforta e traz refrigério para a alma.
Não
foram raras as vezes em que me deparei com jovens que demonstram o desejo de
elaborar poesias, mas se sentem frustrados pelo acanhamento de demonstrarem o
seu sentir. Ora, basta apenas se entregar à fantasia, aos anseios do coração e
passar para o papel. Com o passar do tempo, a própria pessoa irá se surpreender
com os aprimoramentos e com a leveza dos seus escritos oriundos de fantásticas
criatividades. É essa exteriorização de sentimentos sublimes em qualquer área
de conhecimento que torna um homem imortal.
Em
síntese, a escrita revela a personalidade de quem escreve. Em sentinelas de
emoções, é a visão mais exata que temos do circunspecto e dos mistérios que
envolvem o ser e o mundo.
Antenor Rosalino
Nenhum comentário:
Postar um comentário