Olho para o
céu calmo, claro, alabastrino e fico a imaginar como seria o mundo sem as
nuanças do prosear entre as pessoas em suas infinidades de gostos, tendências e
sentimentos.
Os
escritores, principalmente os poetas, vêem o mundo e as coisas muito além do
que elas se apresentam e exteriorizam o seu sentir em palavras que nos
surpreendem pela profundidade de belos detalhes que, não raras vezes, nos
passam despercebidos. Os contadores de estórias formam outro grupo de pessoas
interessantes. As suas prosas são agradabilíssimas e, quando se pegam a contar
suas estórias conseguem criar atmosferas de puro encantamento.
O prosear
pode ser considerado também um brincar com as palavras, estas fluem
despreocupadamente, sem a necessidade de objetivar algo, é como o vôo dos
pássaros na amplidão, e não deixa de
ser uma atividade que, tal qual a poesia, acaba se tornando um vigoroso
exercício para a imaginação e a criatividade. É como, por exemplo, nadar sem o
objetivo de chegar a lugar nenhum.
Os diálogos e
prosas não só estreitam os laços de amizade, mas também nos ensinam. Podemos
obter informações e esclarecimentos sobre muitas coisas e também transmitir
experiências vividas.
As pessoas
têm latente no âmago, cada qual e a seu modo, as suas inclinações e isso faz
com que essas tendências se exteriorizem e, de alguma forma, nos envolvem. Por
essa razão, embora a comunicabilidade seja necessária e o prosear faça com que
tenhamos maravilhosos momentos de descontração e alegria, é preciso estar
atentos no sentido de mantermos sempre um nível de conversação saudável,
proseando o mundo em suas diversidades de esplendor, encantamentos e alegrias.
Conforme
avançamos na idade, mais sábios vamos ficando, inclusive, pelas prosas
descontraídas e é uma das maiores dádivas vivermos o suficiente para ter
cabelos grisalhos, mas com os risos da juventude gravados para sempre em sulcos
profundos do rosto.
Muitas são
as pessoas que não riram e se foram antes de seus cabelos ficarem prateados. E,
enquanto vivermos, não devemos nos aprisionar e nem nos atermos tanto a
questionamentos e lamentações sobre o que poderíamos ter sido, ou nos
preocuparmos com o que ainda seremos.
Quem
proseia, distante de fofocas e maledicências, sem a preocupação e a arrogância
de julgar os outros, sabe bem o benefício que isso traz e que, sem dúvida, é
uma das maiores opções para uma alma livre e feliz.
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da internet
Olá, Antenor. Teu texto é maravilhoso, como sempre, contém a sabedoria e a suavidade que apenas a maturidade pode nos trazer.
ResponderExcluirOi, Ana Bailune! Como é bom receber o elogio de alguém igual a você, tão sensível à poeticidade da vida, tão culta e possuidora de literalidade ímpar. Fico feliz e muito lhe agradeço.
ExcluirBoa noite, Antenor, prosear é uma das melhores formas de amar... Amei o texto, obrigada!
ResponderExcluirExcelente semana, abraços carinhosos
Maria Teresa
Bom dia, Maria Teresa. Como é bom saber que o meu labor literário não está sendo em vão! Muito obrigado, querida amiga, e os votos são recíprocos.
ExcluirAfetuoso abraço.
Olá meu querido amigo, Antenor, nada mais gostoso do que prosear com amigos, uma prosa sadia que pode até gerar poesia, e se tiver um violão e uma noite de luar, é um excelente programa. Texto muito gostoso de se ler.
ResponderExcluirDesejo um final de tarde com muita paz no coração.
Bjão no coração amigo.
Bom dia, querida amiga Diná, você definiu com perfeição os momentos prazerosos que as prosas com os amigos nos proporciona, principalmente quando se tem um violão en noites de plenilúnio. Grato pelo gentil comentário, afetuoso abraço e ótima semana.
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