Nos dias calmos e breves,
Não busco respostas para as emoções
aflitivas
Comumente causadas pelas dores
Que se afiguram infindáveis
Quando das perdas de entes queridos.
Com o coração inerme
E despojado de angústias,
Busco lenitivo na certeza
De que o amor que dediquei
Foi mais profundo do que a dor da perda.
Assim, no meu caminhar, por vezes, soturno,
Concluo que o amor dedicado
Não pode ser superado por sentimentos
tristes.
O pranto dos meus olhos nunca foi o desejo
Das pessoas queridas que me esperam,
Em regozijo, do outro lado da vida!
Rompendo o silêncio das amarguras,
Convenço-me, a cada instante,
De que minhas atitudes não foram indignas,
E absorvo as perdas com naturalidade,
Anàlogamente às flores que denotam nostalgia
No dia que se esvai, mas reflorescem
veludíneas
E perfumadas no amanhecer que se enuncia.
Autoria: Antenor Rosalino
Imgem da internet
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