Nas entrelinhas dos versos
Desprendo-me do cansaço
Intercalando o concreto
Com magnetismo abstrato,
E espero assim o fetiche
Das luzes dos grandes astros.
Num porvir longe das dores
Tenho a pele tatuada
De transcendente retiro
Com a alma apaziguada.
Distraindo nas escritas
As lágrimas sufocadas.
No verbo delineado
Escorre mui magnética,
Latente, assim, visceral
A perfeição da estética
Na letra silenciada
Na aprimoração da ética.
Pela janela entreaberta
Vejo o sol brincar nas sombras!
Também distraio o pensar
Divisando nas penumbras
O meu estro iluminar
Tudo o que a visão assombra.
A minha letra, por vezes
Causa até mesmo estranheza
Escorre vã, desnorteada...
Mas profunda é a sutileza
Com resquícios de utopias
Permeando a realeza.
Mergulhado no silêncio
Do real e imaginário
Vou tecendo o pensamento
Absorvendo adagiários,
Na ânsia mais incontida
Do lirismo em corolário.
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da internet
Boa noite, Antenor! Um dos poemas mais bonitos que já li por aqui , a última estrofe falou pelo poema ; destaco>>
ResponderExcluir" Mergulhado no silêncio
Do real e imaginário
Vou tecendo o pensamento
Absorvendo adagiários,
Na ânsia mais incontida
Do lirismo em corolário."
Um terno abraço.
Diná
Meus cumprimentos, Diná. As tuas palavras elogiáveis e de carinho são motivos incontestes para que eu continue com minha ousadia poética. Muito obrigado e um afetuoso abraço.
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