segunda-feira, 29 de setembro de 2014

FUTEBOL



                                                                
                                           


  No transcorrer dos jogos do Mundial de Futebol da FIFA realizado no Brasil, estive observando mais atentamente o quanto esse esporte impressiona e fascina em suas nuanças.
  A alegria e a frustração caminham mais do que nunca tão próximas que é possível até mesmo o torcedor mais apaixonado chorar de alegria.  E esses sentimentos ora se manifestam na expressividade do torcedor, ora na do seu oponente. Os corações balançam tanto quanto o balançar da rede no momento sublime do gol. E nesse momento as energias explodem e, como diz um narrador esportivo: haja coração!
  Na magia do futebol todas as crenças são válidas. Os torcedores mais fanáticos se apegam em santos e, muitas vezes, até seguram algo que lhe seja de grande valia espiritual. Quando saem do campo vencedores, os agradecimentos são os mais entusiásticos possíveis, e, se derrotados, nunca culpam o seus protetores espirituais, a culpabilidade é sempre depositada  numa jogada infeliz de um ou outro craque. Tudo, porém se acalma em poucas horas e a esperança volta a povoar o coração apaixonado da torcida sempre fiel ao time do seu coração.
   Entre tantos outros esportes, o futebol é singular. Quando o mesmo é levado para os malefícios da rixa, torna-se até mesmo caso de polícia, e isso sempre deturpa a finalidade maior do esporte que é o júbilo da união dos povos no mesmo fim.
   Nos dias festivos, as faixas e adornos coloridos reluzem nos olhares vívidos dos torcedores alviverdes, alvinegros, tricolores... Muitos são aqueles que ostentam o sagrado símbolo do clube do seu coração e até o Sol parece aquecer com mais intensidade e esplendor a cidade engalanada nas primícias do encantamento de mais um dia de futebol.
  O gigantesco estádio acolhe a explosão inevitável da multidão circundante do verde e demarcado gramado que reluz no desfraldar das bandeiras ainda mais entusiasticamente quando é chegada a hora do pontapé inicial do clássico promissor.
   Os jogadores encantam a plateia com seus dribles, muitas vezes, desconcertantes, passes precisos e cabeceios e defesas monumentais.
   O espetáculo chega ao apogeu no momento do gol. É inenarrável a vibração da torcida e do time que sai à frente no marcador. E como em toda alegria ou sucesso de alguém há o fracasso e a frustração de outro, a torcida contrária, embora entristecida, reacende a chama das vaias, inclusive contra a arbitragem que se mantém, como sempre, com sua característica e precisa indiferença.
   Mesmo com a luminosidade ostentando o placar adverso do resultado parcial a esperança na reversão do marcador é flagrante. E, ao final da jornada, mesmo entre o contraste de emoções das torcidas adversárias, fica no âmago de todos, o prazer de terem vivenciado o inenarrável encantamento mágico do futebol que se eterniza em tantos corações.



Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet


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