quinta-feira, 6 de junho de 2013

NAMORADOS






No planeta Terra azulado,
Energizam-se as estrelas
E o céu fica mais azul!

Esvoaçam-se os passarinhos
Na entoação dos seus cânticos,
Felizes..., de norte a sul!

A natureza festiva,
reverencia os namorados
No romantismo do seu dia!

Cruzam-se ternos olhares!
Os corações apaixonados
Pulsam com mais vigor!

Quando esse sentimentalismo
Ganha forma de poesia
- nas delícias e carinhos -,

O tempo então principia
A escrever suas histórias
No pergaminho da vida!



Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet


terça-feira, 4 de junho de 2013

PROJETOS LITERÁRIOS

 


                                       



  É extremamente bela e elogiável a atitude de alguns escritores de Araçatuba que, despojados de egoísmo e vaidades pessoais, procuram incentivar as pessoas a descobrirem o gosto tão salutar pela literatura e promover aqueles que despontam ou já comprovaram o seu talento literário.
 
  Temos como exemplo, a brilhante iniciativa da criação do tradicional e conceituado Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras, o núcleo local da UBE (União Brasileira de Escritores), o Grupo Escrevivências, o primeiro concurso interno de crônicas e poesias do Grupo Experimental e o abnegado esforço desses mesmos escritores no sentido de que sejam abertos espaços na AAL para novos talentos, com a manutenção da honrada tradição, mas sem preconceitos, e de forma mais democrática, no afã de que a preclara Academia não fique restrita somente ao pequeno grupo de sempre.
    A cidade conhece de sobejo os atuantes escritores, mas desconhece a razão da ausência dos demais. Cito, como exemplo, o seguinte: há um ano, a Secretaria de Cultura que vem realizando um significativo trabalho na área que lhe compete, promoveu a primeira edição do Projeto de Fomento à Cultura, visando dar notoriedade e projeção a novos escritores e outros artistas. Surpreendentemente, apenas alguns poucos acadêmicos prestigiaram a ideia e compareceram somente na primeira apresentação, e a presença dos mesmos nesse dia se deu também porque, paralelamente, ocorreu um sarau idealizado pela Academia para o mesmo local.
  Voltando ao denodado empenho de certos escritores, o exemplo mais recente e que merece exacerbados aplausos é a brilhante iniciativa da escritora e poetisa Rita Lavoyer, ao criar o projeto “O grande poema”.
  A ideia é a elaboração, como o nome já diz, de um grandioso poema, composto de versos que obedeçam a certas regras, cujo poema terá o maior número possível de poetas e poetisas, renomados ou não, para que possam demonstrar, cada qual, o seu labor poético e a sua criatividade.
  
   São atitudes como esta, aliadas ao apoio da Secretaria de Cultura, que fazem gerar expectativas promissoras e otimistas no segmento literário e cultural da cidade.
   Lembremos que todo e qualquer grande literato vislumbra ou traz lampejos de sua capacidade, primeiramente, na sua localidade e só depois se projeta em vôos altaneiros pelo seu país ou pelo mundo.
   Acredito mesmo, ser impossível a projeção de alguém que, mesmo sendo possuidor de inegável talento, não seja reconhecido e prestigiado em seu local de convívio.
    Finalizo aqui essa minha opinião, na expectativa de que as intenções iluminadas desse pequeno grupo de escritores e de outros possuidores de humanismo que nos exemplam, prevaleçam sempre para a maior preservação da nossa língua, que é o fundamento maior das academias de letras.


Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da fachada da AAL

OS PROFESSORES



  


Nos quatro cantos do mundo:
Nas megalópoles, vilas, sertões...
Há sempre um professor amigo,
Disseminando sabedoria,
Ensinando suas lições!

Mo manuseio do volátil giz
Ou da moderna lousa digital,
A luz do seu olhar permea
A agilidade de suas áureas mãos!

Extremado afeto aos alunos
Trás consigo no coração,
Denotando a sublimidade
Da sua nobre missão!

São os professores apenas
Dóceis seres que ensinam?
Ou são eles também anjos
Dissimulados de humanos?

A nossa individualidade presente,
Em breve se torna passado longínquo;
Mas a nossa gratidão é perpétua,
Pelos atos de amor perfeito
Que encerram suas vidas!



Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet



O ESCULTOR





Predestinado a representar
As belezas universais:
Formata, inventa e reinventa
- com magistral simetria -,
Edificações clássicas e colossais,
Imagens sacrossantas,
Mimos formosos e seres viventes
Em esculturas imortais!

Manuseia com esmero
A massa de seus mistérios:
Matéria prima advinda
De rochas históricas, adormecidas
Em abissais vales profundos
Que o solo medra e fecunda!

Nos feitos imorredouros
Do escultor passageiro,
Ficam marcas invisíveis
Do cinzel de suas mãos,
Como lendas da infância,
Enraizadas para sempre,
No âmago e no coração
Das gerações que virão! 



Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet    


CONSCIÊNCIA DE VIDA

 (Poema inspirado por ocasião
de minha internação no Hospital
do Câncer de Campo Grande/MS)



  

            



No leito hospitalar,
Distante dos frêmitos agitos,
Agonizo-me!

Lembranças queridas,
Encontros e desencontros
Afloram as minhas células líricas!

Do corpo demente
De horas tão tristes,
Minha alma se ausenta!

E regressa em segundos
Trazendo-me lúdicas
Esperanças de vida!

Uma luz surge em meus olhos
E sublimes sentimentos
Na minha alma, afloram!

Morre a minha vaidade...
Regozijo-me com a vida
Debruçando-me em saudades!



Autoria: Antenor Rosalino

Imagem da internet


sexta-feira, 31 de maio de 2013

TRIGAIS DE OURO



                          


                  Entre anjos e querubins,
                  adormecida em plumas alvas de ternura,
                  a alma transbordante em fulgores
                  teça rendas com fios de ouro,
                  desfazendo brumas
                  num luar de amores!


                  A natureza desperta o seu encanto,
                  desde o canto majestoso dos pássaros à flor.
                  Os trigos dourados
                  ostentam o brilho para a colheita.


                  Sinto a brisa num sopro de vida,
                  fecundando poesia
                  nos trigais em flor!...


                  Inebriando searas e  lírios,
                  a natureza em seu apogeu,
                  traz à luz teus olhos líricos:

                 estes olhos que são meus!


                  
                  Autoria:  Antenor Rosalino e Maria Cristina Bonetti

                  Imagem da internet
                       

                 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

MISTÉRIOS DO SER

 

                                                          


Ao longo dos séculos, a verdade sobre a existência da alma e os dotes da inteligência humana são temas debatidos e aclamados por insignes pensadores de todo o mundo.

  Os livros de auto-ajuda, e todos os diversificados segmentos religiosos apregoam com extremada convicção, cada qual à sua maneira, e de acordo com os seus princípios, os caminhos virtuosos que levam à verdade insofismável de todas as coisas.

  Mas, afinal, onde estará a verdade? Será mesmo que a encontraremos nesses ensinamentos? Ou será que estaria na convicção de que os sentidos captam todo o circunspeto e grava, pouco a pouco, nas profundezas da memória, todo o potencial a ser desfrutado pela consciência humana? Os sentidos, porém, não são confiáveis. Por vezes nos traem...

  Estará a verdade na razão? No pensar correto e na meditação sobre o certo e o errado? Mas, a razão também falha: quantas certezas de hoje não serão dúvidas no amanhã?

  Há ainda o ceticismo absoluto. Para o cético, tudo é ilusão, passageiro e transitório, como já dizia Heráclito: “Tudo flui, tudo está em movimento e nada dura para sempre”.

  Tudo tem um fim. Será? Um Universo tão imenso e mavioso existe apenas para abrigar uma vida tão passageira?

  Muitos são os que dizem que nada é feito sem a vontade de Deus que a tudo rege por todo o Universo. Esta afirmativa gera polêmica, isto por que, ao mesmo tempo em que merece respeito e inclusive nos faz lembrar o pensamento de Adam Smith de que “uma mão invisível guia a humanidade e a ordenação de todas as coisas”, sugere pensarmos sobre o livre arbítrio. Recordo-me dos primeiros anos em que cursei Ciências Econômicas, quando, reiteradamente, era colocada em pauta as palavras deste grande pensador, mesmo porque, trata-se de um dos “pais da Economia” – uma das nossas maiores heranças intelectuais, o que pode ser facilmente comprovado em sua primorosa obra “A riqueza das nações”.

  Entretanto, cabe-nos a seguinte indagação: até que ponto somos realmente livres?

  Entre os choques de opiniões diversificadas, a vida continua... A verdade para milhões é inverdade para outros milhões. E assim, entre convicções e abissais ingenuidades, o ser cumpre a sua trajetória: finita na Terra de incógnitas, ou vive sua vida eterna.



Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet