No
seu mundo diversivo
De
prazeres sensuais,
As
paixões são sempre ardentes
Em
quiméricos madrigais.
As
volúpias de carícias,
Em
toques extasiantes,
Culminam
a sobejante entrega
No
seus dias sempre iguais.
As
entregas amantíssimas
E
os beijos mais calorosos
Despojam
os preconceitos
No
ápice do ardor maior.
Nos
seus dias de crisálida,
Fantasias
e ilusões,
O
seu mundo se resume
À
meia luz do divã.
O
futuro já não importa,
Os
amantes multiplicam-se.
A
entorpecida boemia
Dita
as regras do amanhã.
Amores?
São passageiros
E
breves são seus momentos.
Na
passarela afrodisíaca,
Não
desfilam sentimentos
Um
dia, a pobre donzela
Dá
sinais de decadência:
As
rugas mais ostensivas
Afastam
os amores calientes.
Nada
plantou pra colher...
A
beleza desvaneceu-se!
E
por fim as lágrimas sentidas
Caem
soltas no tapiz.
Antenor Rosalino
Olá, meu amigo, poema muito verdadeiro, as duas últimas
ResponderExcluirestrofes, dão a dimensão da tristeza onde se metem essa gente tão infeliz.
Tristemente colhem o que plantam, se equivocam, na verdade. A vida não pode ser assim.
E o mundo está lotado de pessoas tão infelizes, tão sem rumo e perspectivas.
As duas ultimas estrofes do seu belo poema só poderia terminar assim. Infelizmente vemos isso se alastrando.
Um poema que retrata a triste vida dos que quiseram levar a vida desta maneira, fácil e vazia.
Parabéns pela abordagem tão tão perfeita e verdadeira !
Uma feliz semana, querido amigo, paz e saúde sempre.
Grande abraço daqui do Sul.
Bom dia, Tais.
ExcluirA minha concordância é total às suas belas ponderações sobre o tema.
As tomadas de decisão precipitadas sempre têm consequências desesperadoras, e isso, não raras vezes, ocorre por falta de orientação dos pais. É mesmo muito triste e extremamente preocupante.
Muito obrigado, mais uma vez, por conceder-me a honra dos seus comentários e tenha também dias sobejantes de satisfações, saúde e paz.
Afetuoso abraço desde o sudeste até o seu belo sul.
Olá, meu caro poeta e amigo Antenor,
ResponderExcluiraqui neste excelente poema, o ilustre poeta se debruça sobre um tema difícil de ser abordado sob o ponto de vista sociológico, mas o talentoso poeta desenvolveu o tema com sabedoria e humanidade.
Sabe o nobre poeta que esta triste profissão das mulheres vem
de tempos anteriores a Cristo.
Meus parabéns pelo desempenho com humanidade do seu poema.
Votos de uma ótima semana,
grande abraço.
Bom dia, Pedro.
ExcluirPrezado amigo e poeta Pedro Luso,
Fico lisonjeado com suas palavras elogiosas ao contexto, e chamou-me a atenção a sua lembrança sobre essa condição a que muitas mulheres se sujeitam por circunstâncias as mais diversas, desde remotos tempos. Causa muita tristeza a proliferação de casos congeneres que causam muita preocupação, inclusive por envolver adolescentes em muitos casos.
Meus sinceros agradecimentos pelo honroso comentário e tenha você também, dias iluminados e felizes.
Grande e fraterno abraço.
"Nada plantou para colher" é a síntese de uma vida sem sentido.
ResponderExcluirO edifício do ser humano é caduco e finito e não pode fincionar nunca como garantia de funcionamento relacional.
A beleza marcescível deve ser um alerta para todo o ser humano.
Bom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
É isso, prezado Juvenal.
ExcluirJustamente, pelo fato das pessoas se
divergirem tanto sob muitos aspectos, é
impossível que toda existência humana
seja pautada por comportamentos de
total perfeccionismo comportamental, É
possível e necessário, entretanto, que as
crianças e jovens sejam orientados para
superarem, da melhor forma, as inevitáveis
adversidades.
Obrigado pelo pertinente comentário. Forte
abraço e que o fim de semana lhe seja também
promissor e feliz.
Olá.
ResponderExcluirUm poema forte que trata de um tema forte.
Tendo a acreditar que as pessoas são elas e suas circunstâncias. Cada um precisa lidar com o que a vida te impõe e com o que construímos com isso.
um abraço.
Bom dia, Eduardo.
ExcluirGrato por comentar.
Concordo com seu ponto de vista.
Muitas são as incógnitas da vida e, com elas,
as circunstâncias, não raras vezes, levam as
pessoas a agirem de forma que, aos olhos de
muitos, são condenáveis, mas os julgamentos,
sempre, ou quase sempre, também são execráveis.
Fraternal abraço.
Olá Rosalino, boa noite!
ResponderExcluirMuito intenso... A vida é ação que semeamos e a reação são as consequências do plantio. Um abraço poeta!
Bom dia, Aleatoriamente.
ExcluirMuito me contenta a generosidade
do seu comentário, e suas categóricas
afirmativas sobre o contexto do poema
são irrefutáveis.
Forte abraço, obrigado e ótima semana.