domingo, 11 de agosto de 2024

O MORADOR DE RUA

MINICONTO


O morador de rua ganhou na loteria.
Ao dirigir-se ao Banco para tomar posse
da vultosa premiação, a euforia chegou a
tal ponto que não prestou a devida atenção
no trânsito e foi atingido violentamente
por um carro, tendo morte instantânea.

  Cumpriu-se a sua sina: 
viveu e morreu sob o néon da rua.


                          Antenor Rosalino

7 comentários:

  1. Olá, meu caro amigo Antenor,
    esse seu criativo miniconto diz bem do que
    o destino pode reservar, homem pobre sem esperança
    ganhou um grande prêmio, mas a morte estava à sua espera.
    Esse era o destino do pobre homem.
    Parabéns, caro Antenor pelo seu excelente miniconto
    que gostei muito de ler.
    Uma excelente semana, com muita saúde e paz.
    Grande abraço, amigo.

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    1. Olá, Pedro Luso,
      Pois é, meu caro amigo, o texto é fictício,
      mas, em meio a tantas incógnitas que a vida
      nos oferta, não é impossível que o triste
      acontecimento venha a acontecer na dura
      realidade.
      Obrigado pelo sempre presente incentivo e
      lhe desejo também muita saúde, alegrias e a
      a mais profunda paz.
      Caloroso abraço.

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  2. Meu Deus, não conheço mais azar, mais infelicidade do que esse seu miniconto, amigo Antenor! Fiquei imaginando o que o pobre homem não faria, o tanto de felicidade que teria! Esses moradores é o que mais vemos no Brasil, que triste isso.
    Cada vez que eu passar por um deles vou me lembrar do seu conto! Mas é muito triste vê-los na rua, deitados num pano imundo, ali, sem defesa alguma dos perigos da noite, maltratados pela vida toda. Seu conto, além de contar do azar do morador é uma demonstração da irresponsabilidade das autoridades.
    Grande abraço, querido amigo, uma boa semana.

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    1. Explicando melhor a frase, rss: mais azar, "mais infelicidade do morador de rua", desculpe por não ter explicado, querido amigo. Como vejo isso andado pelas ruas da cidade...E nada de esperança para essa pobre gente!
      Abraços, meu amigo!

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    2. Caríssima Tais,
      Não precisa se desculpar, é comprensível o que,
      na verdade, você desejou dizer no que tange à
      infelicidade do pobre morador de rua. Infelizmente,
      parece mesmo que muitas são as pessoas que já
      nascem predestinadas a uma vida baseada apenas
      em sofrimentos.
      Comoveu-me a sua afirmativa de que irá se lembrar do miniconto sempre que passar por um deles. Da mesma forma, sempre haverei de lembrar-me de sua profunda sentimentalidade, sempre que eu ver alguém em tão triste situação.
      É muito acertado o seu pensar sobre a falta de esperança dessas pessoas e isso é o que mais entristece quem tem profundos sentimentos sensatos e solidários, como é o eu caso.
      Com meus agradecimentos, retribuo o abraço e lhe desejo também uma semana das mais abençoadas e felizes.

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  3. Tadinho do homem! Veio-me lágrimas quando li todo azar desse coitado, mas é belo e dramático seu miniconto, aplausos!
    Beijos!

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    1. Olá, Lúcia,
      Esse miniconto é mesmo muito triste, e não
      me surpreende saber das lágrimas do seu olhar,
      pois tenho conhecimento de sobejo, dos seus
      sensórios sentimentos.
      Meus agradecimentos pela apreciação. Fique
      com Deus e um terno abraço.

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