A
manhã está triste.
O
sol apareceu brando e tímido.
O
enfermo agonizante
luta
contra a morte
no
leito hospitalar!
Com
o corpo extático
e
o olhar distante
-
como a buscar guarida
no
horizonte -, pressente que
a
eternidade se avizinha...
O
coração inconsciente
ainda
pulsa, e, por um instante,
num
denodado esforço, tendo
os
lábios semiabertos, exclama:
“Só
em lembrar dos bons momentos
vividos
já valeu a pena ter nascido!”
E
expira, por fim,
num
funesto murmúrio,
o
fatídico adeus final.
Antenor Rosalino
Olá, amigo Antenor,
ResponderExcluira sensibilidade do poeta facilita a
criação de um poema escrito sobre
os momentos finais de vida de um ser humano.
Sem dúvida, um tema difícil para os poetas, que
têm em mira, o gozo da vida.
Um tema difícil, mas real e escrito com sabedoria
pelo ilustre poeta. Uma realidade da qual não se pode fugir.
Parabéns, amigo, por esta obra poética.
Grande abraço.
Caro Pedro Luso,
ExcluirO seu belo comentário traduz com muito acerto o fato
dos poetas abordarem o tema da finitude com mais
profundidade, por serem possuidores de sensiilidade,
de certa forma, diferenciada.
É isso, amigo, o fim da vida é implacável e doído para todos, e como lenitivo fica para as pessoas de bem, na partida, a certeza e a conciência tranquila de deixarem um legado exemplar e a certeza de terem feito da vida terrena um ato de amor perfeito pelas dádivas recebidas.
Muito obrigado, forte abraço e que a semana lhe seja próspera e feliz.
Meu amigo Antenor, esse seu belíssimo e sensível poema, atinge a todos nós . Uns fogem desta realidade, e dizem para vivermos um dia de cada vez e não pensar no ponto final ! Que coisa... não existe isso, uma coisa nada tem a ver com a outra. Fugir da realidade não é solução.
ResponderExcluirEnfrentei isso com meus pais, foi difícil, mas me deu outra visão da vida. Passei a ver as coisas com mais seriedade, intensidade, mas também a viver com mais alegria, só pelo fato de estar viva e bem. E aprendemos, com essa experiência, a escolher nossos caminhos , sem intromissões. Claro que já me questionei, muitas vezes, sobre o sentido da vida. Não encontro resposta. Difícil uma definição. Seu tocante poema, passou como um filme que vivi, participei até o ultimo suspiro de meus pais, partiram de mãos dadas comigo. Primeiro meu pai, um ano depois minha mãe.
Aplausos, sempre, meu amigo, você relatou nada mais do que a vida e nas entrelinhas, as nossas emoções.
Grande abraço, uma feliz semana, muita paz e saúde sempre!
🌹🙏🌹
Olá, Tais,
ExcluirÉ sempre um prazer receber os seus comentários que tanto me honram.
Sobre a fuga em fugirmos dessa temática também não creio ser a melhor escolha, mesmo porque, a finitude é a única certeza absoluta que realmente temos, e justamente, por sabermos que a vida é tão breve é que devemos vivê-la com serenidade, em plenitude, conforme você mesmo diz.
Comoveu-me saber do passamento dos seus pais de forma tão próxima um do outro, e posso aquilatar o quanto foi difícil para você suportar tais momentos.
Meu pai teve um enfarte fulminante aos 45 anos, e morreu quando dormia. Na ocasião eu tinha 8 anos. Minha mãe viveu até os 60, quando foi vitimada por angina. Eu tinha 21 anos.
Sigamos, minha amiga. Muito obrigado, seja feliz e fique com meu terno abraço.
Emocionante!
ResponderExcluirQue os bons momentos nos acompanhem e nos salvem!
Que seja assim, Fá menor.
ExcluirMeus agradecimentos e um fraternal abraço.
Todos debemos estar preparados para esos últimos instantes que en tus versos con sensibilidad y tacto relatas, son momentos que nadie quiere vivir pero inexorablemente hemos de pasar por ello, me ha gustaddo muchisimo leerte Antenor
ResponderExcluirTe dejo un abrazo
Sim, Stella. É o momento mais crucial da vida e do qual não podemos fugir; por isso, é imperativo procurarmos viver com sensatez e usufruirmos plenamente dos bons momentos na certeza de que é vã a vaidade, a ganância e os preconceitos, pois os esqueletos são todos iguais.
ExcluirFraternal abraço e muito obrigado pelo gentil e belo comentário.
Tocante e cheio de sensibilidade este seu poema.
ResponderExcluirReal e também muito dorido.
Mais tarde ou mais cedo, vai chegar a nossa vez.
Só espero que no meu último suspiro, esteja rodeada por aqueles que amo( quero acreditar)
Abraço e brisas doces **
Caríssima Parapeito,
ExcluirDe fato, deve causar emoção inenarrável o privilégio de podermos nos despedir da vida terrena com as pessoas que amamos ao nosso lado. É profundamente belo o seu pensar. Adorei!
Meus sinceros agradecimentos por sua honrosa e gentil visita e um cordial e fraterno abraço.