Tanto pranto a formar pequenas pétalas,
A correr em faces maculadas, dóceis, angelicais...
Como uma lança ferindo corações
Que padecem e suplicam em seus ais.
Desatinos, incompreensões, amarguras...
Vidas vazias, mas cheias de ternura
Tantos motivos levando ao desconsolo
Mas tantas razões para a esperança vindoura.
Lágrimas ardentes que fluem e deslizam.
Sufocam e caem deixando rastros hostis,
Como a brincar com tão puros sentimentos,
De sensibilidades puras e infantis.
Oh! Murmúrios cálidos que sufocam...
Quietude ímpar de aflição!
Gotas que externam a explosão interna
A lembrar passiva: os deslizes, a dor, a ilusão...
Entre suspiros sentidos
Vagueiam confusos pensamentos a torturar:
Arrependimentos, desejos, sonhos desfeitos...
Fazem-se presentes em cada terno olhar.
Olhares a reluzirem como as próprias lágrimas,
A suplicar o que só a esperança traz.
O amanhã será novo dia:
Que todo pranto se reverta em paz.
Antenor Rosalino
"Tanto pranto a formar pequenas pétalas,
ResponderExcluirA correr em faces maculadas, dóceis, angelicais...
Como uma lança ferindo corações
Que padecem e suplicam em seus ais."
Olá meu caro amigo Antenor,
com sua licença transcrevo os versos supra,
que abrem este belíssimo poema LÁGRIMAS.
Gostei imensamente de ler esse poema que traz
sentimentos e sabedoria, que certamente agradará
a todos os seus leitores.
Meus parabéns, caro poeta pela criação desta portentosa
obra poética.
Meus votos de um excelente final de semana, com paz, saúde e esperança.
Grande abraço!
Olá, meu dileto amigo Pedro Luso,
ExcluirSinto-me imensamente feliz e grato com seu belíssimo comentário, especialmente por conceder-me a honra de transcrever a primeira estrofe do meu poema. São manifestações como essa que sustentam ainda mais a construção do meu interesse em continuar a exteriorizar o meu sentir poético.
Muito obrigado pela sincera apreciação, grande abraço e que o fim de semana lhe seja dos mais abençoados e felizes.
Que tema esse, heim, meu amigo? Todas as amarguras do mundo, todos os sofrimentos e feridas - e algumas jamais cicatrizam -, mas ditas aqui de uma maneira tão exata, e com uma linguagem lindamente poética, mas com muita força e realidade. Expõe todas as mazelas que vivem soltas nesse mundinho e que, muitas vezes até pensamos que Deus cansou de nós. O sofrimento, mesmo não sendo em nós, dói muito, só de vê-lo por perto.
ResponderExcluirSeu poema ficou belíssimo justamente porque você deu leveza sem tirar a profundidade do sofrimento.
Como sempre, querido amigo, aplaudo você por tão belo poema.
Um feliz fim de semana, e repito sempre: muita paz e saúde!
Grande abraço.
"Oh! Murmúrios cálidos que sufocam...
Quietude ímpar de aflição!
Gotas que externam a explosão interna
A lembrar passiva: os deslizes, a dor, a ilusão..."
Meus cumprimentos, Tais.
ExcluirA singeleza e generosidade do seu lindo comentário torna o meu dia mais feliz, pois a aceitação plena do meu sentir poético por você que é possuidora de tão brilhante e singular literalidade é para mim uma honra incomensurável.
Muito obrigado, inclusive, por enfatizar uma das estrofes. Fiquei emocionado!
As lágrimas são mesmo a exteriorização do sentir profundamente maculado, mas o sonho nunca morre, às vezes se esconde ou foge, mas renasce decantado aos olhos de quem acredita e ama.
Renovo os meus agradecimentos e lhe desejo ótimo fim de domingo com muita alegria e paz e que essa atmosfera de entusiasmo se estenda por todos os seus dias.
Cordial e fraterno abraço.
Boa noite, amigo Antenor!
ResponderExcluirUm poema "pesado" e muito sentido.
Não há mal que sempre dure, se diz por cá, e tenhamos esperança em dias de felicidade e contentamento.
As lágrimas e as mágoas, um dia terminarão, assim creio.
Abraço cordial.
Bom dia, Céu.
ExcluirEsse poema, de fato, é bastante impactante.mas como afirmo na última estrofe e você enfatiza de forma perfeita e irretocável, os males não duram para sempre, razão pela qual, é imperativo mantermos a esperança no porvir.
Muito obrigado pela generosidade do belo comentário e fique também com meu cordial abraço.
Por vezes, em tantas pessoas, as lágrimas são o pão nosso de cada dia, que brilham veladas por entre sorrisos. "Que todo o pranto se reverta em paz", como bem finaliza.
ResponderExcluirAbraços.
O seu comentário é profundo e belíssimo, Fá Menor. É curioso como podemos chorar também de alegria.
ExcluirMeus sinceros agradecimentos e que a paz seja sempre o norte de todos nós.
Grande abraço.
Excelente publicação.
ExcluirO mundo teria uma hipótese se todo o pranto do mundo se transformasse em paz.
Precisamos de ter esperança .
Brisas doces **
Muito lhe agradeço pelo gentil e pertinente comentário, Parapeito.
ExcluirCordial e fraterno abraço.