No aconchego da casa, além das quietas cortinas,
E em silenciosa
calmaria que abranda a alma,
Suspiro saudades
insones,
Em meio à primavera
que floresce.
De repente, porém,
num átimo inusitado,
Uma momentânea e
inesperada suspensão
De o implacável
fluir do tempo
Distancia-me da
realidade presente,
Como uma recusa às
angústias
E inevitáveis
perturbações da vida.
Vem-me à mente, nesse momento
supremo
- como um milagre de Deus -
A consciência das saudades que
transcendem
Alargando horizontes para o valor da
existência.
Na observância do circunspecto
Vejo agora a chegada festiva de um
colibri
Avivando, docemente, as cores
primaveris.
Prenuncia-se assim o arrebol
escarlate
Que afugenta os vazios de sombra
Do meu olhar carmesim.
Antenor Rosalino
Poema tão lindo como a primavera e cheio de encantos igual a magia do sol poente.
ResponderExcluirAbraços fraternos!
Muito lhe agradeço pela gentil visita e comentário, Lúcia, cujo incentivo recebo como o florescer primaveril.
ExcluirBom domingo e um abraço com afeto.