Quando
eu partir para a incógnita do eterno
quero
sentir pela última vez, liberto de ansiedade,
a
maciez e o lírio de tuas brancas mãos
deixando
em meu corpo inerte o teu encanto.
Num
gesto de desilusão, antes do adeus final,
lembrarei
dos teus hábitos, deslizes e segredos,
que
não consegui deter com meu jeito ingênuo de ser,
mas levarei comigo apenas a ternura que nos uniu.
A
noite tão faceira despontará, sem rodeios.
O
sol em fim de jornada parecerá perdido
no
horizonte infindo do arrebol carmesim
permitindo,
complacente, o meu anunciado fim.
Meus
olhos vaguearão no vazio na busca dos olhos teus,
e
os olhares perscrutadores das pessoas que me amam
derramarão
lágrimas como gotas de chuva sob o céu cinza
numa
tela nívea como estátuas de marfim.
O
vulto do silêncio lembrará abraços,
O
frescor das manhãs e meus versos deitados,
Mas
no holocausto só me restará cansaço
Em
nostálgico pensar num escuro pálido.
Antenor
Rosalino
Bom dia Poeta. Lindo demais o seu poema. Não há duvidas, enorme Poeta. :))
ResponderExcluirHoje » ( Poetizando...) Candura nas manhãs de Primavera
Bjos
Votos de um óptimo Domingo
Bom dia, Larissa. É sempre motivo de muita satisfação receber a generosidade de seus comentários tão valiosos e incentivadores. Muito obrigado, amiga, um terno abraço e desejo-lhe, igualmente, um domingo feliz.
ExcluirUm soberbo poema!!! O Meu aplauso!
ResponderExcluirBeijos. Boa noite!
Meus agradecimentos por sua valiosa apreciação, Cidália. Boa noite e um grande abraço.
ResponderExcluirUm poema magistral em beleza e emoções!
ResponderExcluirBeijos!
Lisonjeado, só tenho a lhe agradecer, caríssima Lucia. Um terno abraço.
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