Tendo terminado de reler o livro “Arte da
Felicidade”, do Dali Lama – Prêmio Nobel da Paz, repentinamente, veio-me à lembrança
de que nunca na história um brasileiro conquistou a tão grandiosa honraria
deste prêmio.
Os latino-americanos agraciados no gênero literatura foram: Grabriela
Mistral em 1945 e Pablo Neruda, em 1971, ambos do Chile; Miguel Angel Asturias,
em 1967, da Guatemala; Gabriel Garcia Marques, em 1982, da Colombia; Octavio
Paz, em 1990, do México e Maria Vargas Liosa, em 2010, do Peru.
Na minha humilde observação, o Prêmio Nobel de Literatura é o ápice do
reconhecimento aos melhores literatos e quero acreditar que todos os ilustres
ganhadores tenham sido, efetivamente, merecedores de tão profunda honraria
pelos seus feitos históricos. Entretanto, muito me intriga saber também,
principalmente, que nenhum brasileiro figura entre os dez maiores escritores de
todos os tempos.
Não consigo entender, em minhas ponderações, o motivo pelo qual um
intelectual brasileiro possuidor de tão vasta e bela obra como Machado de
Assis, entre outros, cuja literalidade e poéticas tão exuberantes que
transcendem, não se enquadram entre os maiores escritores da humanidade.
Em conversa recente sobre isso como um amigo, este me fez lembrar que,
em muitos concursos podem ocorrer injustiças, e asseverou-me de que a
dificuldade dos brasileiros em conseguir tal projeção internacional é pelo fato
de pertencermos a um país de Língua Portuguesa, pois trata-se de uma Língua não muito falada no mundo e que,
excetuando-se Portugal, os demais países que a utilizam são subdesenvolvidos.
Pode ser – pensei comigo -, mas ao lembrar-me de nomes como o próprio
Machado de Assis, Raquel de Queirós, Olavo Bilac, Cora Coralina, Carlos
Drummond de Andrade, Hilda Hiltz, João Guimarães Rosa, Érico Veríssimo, entre
tantos outros escritores brasileiros do mais alto nível de intelectualidade
fico com a certeza de que o essencial é que o escritor ou suas obras possam ser
úteis em nossas vidas e, fundamentalmente, na formação intelectual e inspiração
dos nossos jovens para que possam construir um mundo progressista, mas,
sobretudo, um mundo imortal.
Antenor Rosalino
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