terça-feira, 14 de agosto de 2018

RECONHECIMENTO LITERÁRIO


                            

                                                            


  Tendo terminado de reler o livro “Arte da Felicidade”, do Dali Lama – Prêmio Nobel da Paz, repentinamente, veio-me à lembrança de que nunca na história um brasileiro conquistou a tão grandiosa honraria deste prêmio.
  Os latino-americanos agraciados no gênero literatura foram: Grabriela Mistral em 1945 e Pablo Neruda, em 1971, ambos do Chile; Miguel Angel Asturias, em 1967, da Guatemala; Gabriel Garcia Marques, em 1982, da Colombia; Octavio Paz, em 1990, do México e Maria Vargas Liosa, em 2010, do Peru. 
  Na minha humilde observação, o Prêmio Nobel de Literatura é o ápice do reconhecimento aos melhores literatos e quero acreditar que todos os ilustres ganhadores tenham sido, efetivamente, merecedores de tão profunda honraria pelos seus feitos históricos. Entretanto, muito me intriga saber também, principalmente, que nenhum brasileiro figura entre os dez maiores escritores de todos os tempos.
  Não consigo entender, em minhas ponderações, o motivo pelo qual um intelectual brasileiro possuidor de tão vasta e bela obra como Machado de Assis, entre outros, cuja literalidade e poéticas tão exuberantes que transcendem, não se enquadram entre os maiores escritores da humanidade.
  Em conversa recente sobre isso como um amigo, este me fez lembrar que, em muitos concursos podem ocorrer injustiças, e asseverou-me de que a dificuldade dos brasileiros em conseguir tal projeção internacional é pelo fato de pertencermos a um país de Língua Portuguesa, pois trata-se de uma  Língua não muito falada no mundo e que, excetuando-se Portugal, os demais países que a utilizam são subdesenvolvidos.
  Pode ser – pensei comigo -, mas ao lembrar-me de nomes como o próprio Machado de Assis, Raquel de Queirós, Olavo Bilac, Cora Coralina, Carlos Drummond de Andrade, Hilda Hiltz, João Guimarães Rosa, Érico Veríssimo, entre tantos outros escritores brasileiros do mais alto nível de intelectualidade fico com a certeza de que o essencial é que o escritor ou suas obras possam ser úteis em nossas vidas e, fundamentalmente, na formação intelectual e inspiração dos nossos jovens para que possam construir um mundo progressista, mas, sobretudo, um mundo imortal.


                                                                               Antenor Rosalino







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