No
transcorrer de nossas vidas, desde os primórdios da infância, criamos relações
afáveis com incontáveis números de pessoas.
Com o passar do tempo, esses laços
afetivos, passam pelas mais diversas mutações. Experienciamos o amor filial e,
a maioria de nós vivencia o amor paternal e maternal e também entre irmãos e
parentes, e os sentimentos amigáveis e paixões arrebatadoras.
Todo esse sentimentalismo nos acompanha
sob diversas modalidades e, quase sempre, deixam marcas que o tempo não
consegue destruir.
Exemplos não faltam de comoventes e
impactantes histórias em que laços
efetivos de amor e amizade são brutalmente interrompidos pelo passamento
da pessoa querida, ou por motivos outros, ocasionados por circunstâncias
adversas.
Em contrapartida, como em toda regra há
exceção, não são poucos também os casos decepcionantes em se tratando de amor
ou amizade, tais como, uma desilusão, frustração na expectativa que nutríamos
por alguém e até mesmo uma traição.
Felizmente, o que normalmente prevalece e
o que fica é a convivência tranquila e serena que temos com familiares e
pessoas afins.
Assim como os pensamentos que não temos
como impedir que os mesmos aflorem à nossa mente, da mesma forma, as
circunstâncias fazem com que tenhamos contatos com pessoas de diversos tipos,
estilos de vida e possuidoras ou não de bom caráter.
Tanto em relação aos pensamentos quanto às
pessoas com as quais mantemos contato, estão fora do nosso alcance tais
aproximações circunstanciais. Entretanto, temos o poder, em ambos os casos, de
selecionar o que nos faz evoluir em todos os aspectos e não darmos guarida aos
pensamentos angustiantes, pessimistas e deturpados; tampouco às pessoas que se
nos apresentam como desprovidas de bom caráter e sentimentos humanitários.
Entre
as pessoas de bem que nos permeiam e pelas quais nutrimos sentimentos afáveis,
existem duas vertentes: a primeira diz respeito ao afeto propriamente dito e a
convivência física, que traz prazeres carnais passageiros e transitórios. A
segunda, é aquele sentir misterioso e belo que faz morada no mais profundo do
nosso âmago e que nutrimos pelas pessoas que nos são mais queridas, presentes
ou não em nossos cotidiano.
São esses laços afetivos tão amoráveis
e espirituais que perpetuam e, na alquimia da distância, tanto fortalecemos
como somos também fortalecidos por irradiações de pensamentos ternos e puros
que enviamos e recebemos dessas pessoas queridas, sem os delírios de prazeres e
sofrimentos carnais, cuja metafísica é tão reconfortante como o refrigério das
preces que elevam nossas almas para o magnetismo do curso estelar supremo.
Autoriq: Antenor Rosalino
Imagem da internet
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